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Estudo revisa expansão das vendas para baixo

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Expectativas favoráveis de crescimento diminuem de maio para junho, com a receita fechando o ano em R$ 323 bilhões, mais 9,1%. Em maio, a alta estimada era de 12,2%

A estimativa de crescimento do mercado segurador em 2014 foi revisada para baixo em junho, agora para um dígito. O ano deve fechar com expansão de 9,1%, aos R$ 323 bilhões. Em maio, o incremento esperado para o faturamento de prêmios no ano era de 12,2%, para R$ 332 bilhões, segundo retrata a recém-divulgada Carta de Conjuntura, de junho, do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (Sindseg-SP), que agrega as atividades de seguros, saúde, resseguros, previdência privada e capitalização.

Os cálculos do Sindseg já levam em consideração o realizado até abril, com os números oficiais publicados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), embora prejudicados com a ausência de uma importante seguradora. Recuo mais acentuado verificado de maio para junho na estimativa de crescimento para 2014, apontado na revisão feita pelo Sindseg paulista, foi no VGBL somado aos planos de previdência complementar aberta. O incremento projetado passou de 16,2%, em maio, para apenas 4%, em junho, com as vendas caindo de R$ 86 bilhões para R$ 77 bilhões, menos nove bilhões de reais.

Já o ramo saúde apresentou caminho inverso, com a estimativa de aumento em 2014 pulando de 9,7% para 12,4%, ou seja, a receita antes prevista de R$ 124 bilhões subiu para R$ 127 bilhões, acréscimo de três bilhões de reais. A previsão para o segmento de seguros, por sua vez, saiu de um crescimento de 10,8%, em maio, para 8,4% em junho. Se concretizada a previsão, o faturamento fecha o ano em R$ 90 bilhões. Em maio, o esperado para o ano ficara em R$ 92 bilhões. A evolução da capitalização projetada em junho (14,3%) para o ano também foi menor que a visualizada em maio (19%). Em valores absolutos, a receita deve fechar o ano com um bilhão de reais a menos que os R$ 25 bilhões previstos no mês passado.

As perspectivas de expansão das reservas técnicas para este ano também recuaram de maio para junho. De R$ 540 bilhões, o que representaria avanço de 15,9%, retrocedeu para R$ 530 bilhões, com alta esperada de 13,7%, uma baixa de dez bilhões de reais, caso esse desfecho se confirme.

O estudo indica ainda que diminuíram, nos últimos meses, as expectativas favoráveis dos agentes do setor com o comportamento da economia brasileira. Entre as causas para esse tom de desânimo constam a preocupação com o endividamento das contas públicas, o saldo da balança comercial, a inflação e a taxa de crescimento da economia, entre outros fatores.

A Carta de Conjuntura do Sindseg-SP aponta que o desalento pode ser representado pela evolução das previsões de comportamento da trajetória do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação para 2014 ou pela queda dos indicadores de confiança da indústria e do comércio.

As expectativas das seguradoras quanto às variáveis do setor, como crescimento de receita, o documento constata que o cenário ainda é favorável, mas em patamar inferior ao de valores passados. Ou seja, quando
comparado aos dados obtidos no mesmo período do ano anterior, pode-se dizer que o segmento está mais pessimista.

Menos confiança

O cenário mais desfavorável na economia já pode ser observado no mercado de seguros, segundo a Carta de Conjuntura. O início do ano, com dados agora conhecidos até abril mostrou que o faturamento da atividade de seguros (sem saúde) e previdência complementar aberta caiu, sobretudo, pelo comportamento do VGBL e dos planos de previdência. Sobre igual período do ano anterior, a variação desse segmento até
abril foi de menos 15%, um patamar de queda que é inédita. No total, o mercado encolheu 4% em quatro meses.

Francisco Galiza lembra ainda que o Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras (Ices), elaborado com base em entrevistas a seguradores, também vem detectando um desânimo no mercado. Tal indicador está em queda há quatro meses. Em maio, o fator mais atingido foi a expectativa com o faturamento futuro das empresas, que agora tende para a estabilidade, quando antes a expectativa era de otimismo.

Para Francisco Galiza, os percentuais apurados pelo Ices em maio continuam sinalizando uma preocupação crescente das principais empresas do segmento de seguros com o futuro da economia brasileira e, naturalmente, com as possíveis consequências nos seus negócios.

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