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Falta de dinheiro é o principal obstáculo para brasileiro poupar para a aposentadoria

Fonte: O Globo


SÃO PAULO - A falta de dinheiro é o maior obstáculo apontado pelos brasileiros para iniciar uma poupança para a aposentadoria, apontou uma pesquisa feita em 15 países pela seguradora Aegon. De acordo com o levantamento, que entrevistou no Brasil 900 pessoas ainda na ativa e 100 aposentados, a maioria dos entrevistados que está na ativa (67%) apontou a falta de dinheiro como o principal empecilho. Segundo 46% das pessoas ouvidas, um aumento de salário seria um incentivo para começar a poupar. O ambiente econômico com maior previsibilidade faria outros 39% dos entrevistados começar a investir para se aposentar. Outros 30% disseram que incentivos fiscais em produtos de aposentadoria de longo prazo ajudaria a iniciar um poupança.

No Brasil, embora 47% dos trabalhadores afirmem ter planos para se aposentar, somente 22% possui alguma solução já contratada, apontou a pesquisa da Aegon. De acordo com o levantamento, 27% disseram não ter plano algum para a aposentadoria. Nesse quesito, o Brasil ficou acima da média dos países que integraram o levantamento, onde 40% dos entrevistados disseram não ter plano algum de aposentadoria.

A pesquisa constatou que um terço dos entrevistados no Brasil têm uma visão positiva sobre sua situação no futuro. Pelo menos 32% disseram que a futura geração de aposentados estará melhor do que a atual, mas 29% esperam que a situação para os futuros aposentados piore. Mesmo assim, a maioria dos entrevistados associou a aposentadoria com termos positivos como lazer (43%) e liberdade (43%) do que com palavras negativas como insegurança (14%) e pobreza (8%).

Também é positiva, segundo a pesquisa, a expectativa em relação à economia nos próximos 12 meses entre os brasileiros. Entre os entrevistados, 69% esperam que a economia melhore nos próximos 12 meses, muito acima dos 28% observados nos outros países, na média. Outros 82% responderam que esperam que sua própria situação financeira melhore, comparados os 31% globais.

- A perspectiva econômica se renova, mas as preocupações com o futuro da aposentadoria permanecem, o que evidencia a necessidade de maior planejamento financeiro - disse Andrea Levy, especialista em longevidade que acompanhou a realização da pesquisa.

Somente 24% dos trabalhadores entrevistados disseram, entretanto, que pretendem parar de trabalhar completamente e se aposentar. Metade (51%) disseram que espera mudar a forma como trabalha atualmente, passando para meio período ou contrato temporário. E 16% disseram que devem continuar trabalhando como atualmente.

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