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Operação Pavlova: prejuízo a empresas de seguro foi milionário, estima PF

Deflagrada em 15 de abril, a operação Pavlova, da Polícia Federal, investigou crimes financeiros praticados desde 2011 a partir do Rio Grande do Sul e que geraram desvios milionários a empresas do ramo de seguros, capitalização e previdência. Contratos para prestações de serviços que não eram realizados ultrapassaram cifras de R$ 10 e até de R$ 20 milhões, explicou hoje a corporação. O delegado de repressão a crimes financeiros, Tiago Busato, admite não ter o montante exato do prejuízo. “Colhemos, hoje, uma grande quantidade de provas e documentos. Vamos fazer uma análise do conteúdo probatório, mas dá para garantir que alguns contratos envolviam cifras milionárias”, adiantou.

Para tentar reverter as perdas, foram bloqueados as contas bancárias e os bens dos investigados, como cinco veículos de luxo, além de imóveis localizados dentro e fora do Rio Grande do Sul.

A procuradora da República Patrícia Weber explicou que o patrimônio das empresas do segmento é baseado nos recursos mensais pagos pelos segurados. “Se o fluxo financeiro das instituições está comprometido, gerando endividamento e situação de falência, quem fica prejudicado é o cliente que não garante o benefício em caso de necessidade. Desse modo, a prática gera uma preocupação social e o segurado é lesado diretamente”, argumentou.

Os crimes praticados foram lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e gestão fraudulenta. Quatro empresários e um advogado, suspeitos de participarem do esquema, já prestaram depoimento, Desse grupo, pelo menos quatro devem ser indiciados, incluindo o filho de um conceituado médico da Capital, que atende na área da cardiologia.

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