SulAmérica tem baixa em receita com seguros de veículos
A retração econômica atingiu em cheio a área de seguros de veículos da SulAmérica e contribuiu para pressionar para baixo a sua margem operacional. Entre janeiro e março, as receitas com as vendas de apólices recuaram 13,1%, caindo para R$ 668,5 milhões ante R$ 769,1 milhões apurados em igual período do ano passado.
O resultado global da companhia de seguros, que teve lucro líquido de R$ 105,9 milhões no trimestre, foi ajudado pelo lado financeiro, que somou R$ 202 milhões. A carteira teve crescimento de 11,4% em relação a igual período de 2015. Essa evolução é explicada, principalmente, pelo aumento do juro médio no período.
Segundo Arthur Farme, vice-presidente de controle e de relações com investidores, tanto a queda na venda quanto o recuo dos valores de veículos usados puxaram o resultado para baixo. "Como nós asseguramos também valores, se o preço de mercado do carro cai, traz o do seguro [para baixo]", diz.
O índice combinado da companhia atingiu 101,9% ao fim do primeiro trimestre deste ano. O índice é a soma de sinistros e despesas e quanto menor, melhor. Quando passa dos 100% significa que as despesas operacionais associadas com seguros são maiores que os prêmios ganhos com a venda de seguros. Entre janeiro e março do ano passado, o combinado foi de 101,3%.
O ramo de automóveis perdeu espaço global nas receitas da companhia. Agora, chega a 18%. Já a carteira de saúde e odontológica respondeu por 78% do total, com receita de R$ 2,9 bilhões.
Embora o ambiente econômico negativo tradicionalmente amplie o uso do seguro saúde, houve redução da sinistralidade nessa área, de 84,4% no primeiro trimestre do ano passado para 81,7% no mesmo período deste ano.
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