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Ganho com aplicações financeiras impulsiona lucro da Porto Seguro

Fonte: Valor Econômico 

Por Simone Cavalcanti 

A Porto Seguro apurou lucro líquido de R$ 240,4 milhões no primeiro trimestre do ano, com avanço de 4,1% em relação ao reportado entre janeiro e março de 2015. A continuidade da crise econômica deprimiu as receitas nos ramos de automóveis, saúde e crédito. No entanto, os ganhos financeiros compensaram essa retração.

Do resultado líquido total e livre de impostos e participações, apenas 12,9% vieram da parte operacional da companhia. Já 87,1% foram provenientes dos rendimentos das aplicações das reservas técnicas dos seguros em títulos públicos com taxa prefixada (LTN) e atrelados à inflação (NTN-B). Além disso, a carteira de ações no primeiro trimestre deste ano teve resultado favorável com o otimismo do mercado financeiro reagindo aos desdobramentos da cena política.

"Com juro alto é natural que boa parcela do lucro venha do financeiro", disse o diretor de relações com investidores, Marcelo Picanço.

Além do recuo no faturamento, houve alta do desembolso da Porto Seguro com indenizações nos segmentos de veículos e saúde, sempre na comparação entre os primeiros três meses de 2016 ante 2015. Esse aumento da sinistralidade contribuiu para a piora de 1,5 ponto percentual do índice combinado, que atingiu 98,9% ante 97,4% um ano antes. O parâmetro é a soma de sinistros e despesas e quanto menor, melhor.

A alta desse índice só não foi maior por conta do esforço da companhia para conter custos. As despesas administrativas de seguros, operacionais e com tributos totalizaram R$ 19,2 milhões no primeiro trimestre do ano, com queda de 0,4% e avançando menos que a inflação. O executivo destaca o ganho de eficiência com o índice de despesas administrativas recuando para 14,7% - o menor nível em cinco trimestres.

As receitas totais da seguradora somaram R$ 4,01 bilhões, com alta de 4,5% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. Enquanto a Porto Seguro Auto, a maior carteira, recuou 4,3%, a companhia viu crescer a um ritmo de dois dígitos o faturamento da Azul Seguros Auto (14,8%) e da Itaú Auto (15,5%). "Houve uma migração do seguro Porto para Azul e isso faz parte de uma estratégia interna de retenção de clientes nas empresas."

Nos negócios financeiros e serviços, as receitas totalizaram R$ 446,1 milhões, com expansão de 0,5%. A maior redução apurada foi no segmento de cartões de crédito e financiamento (-11,1%), também amplamente afetado pela crise.

Um comentário:

  1. Boa tarde,

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