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Lucro da BB Seguridade recua e ações têm forte baixa

Fonte: Valor Econômico
Por Daniela Meibak | De São Paulo

A BB Seguridade registrou lucro líquido ajustado de R$ 941 milhões no quarto trimestre de 2017, resultado 12,5% menor do que o computado no mesmo período de 2016. No ano, o lucro líquido atingiu R$ 3,9 bilhões, com queda de 4,8%, influenciado sobretudo pelo resultado financeiro, que recuou 12,2% com a baixa da taxa Selic e a queda nos índices de inflação. O balanço decepcionou o mercado, e as ações da empresa tiveram queda de 4,63%, a maior do Ibovespa.

Os resultados publicados ontem pela BB Seguridade encerram um ano fraco para companhia e indicam que a recuperação deve acontecer apenas em 2019. Para este ano, o "guidance" da empresa sugere estabilidade no lucro, podendo variar de queda de 2% a no máximo alta de 2%. "Ainda vemos incertezas importantes no cenário, que podem gerar dificuldades no processo de compensação da receita financeira", diz José Mauricio Coelho, presidente da empresa.

O resultado financeiro da BB Seguridade somou R$ 297 milhões no quarto trimestre, queda de 10,3% na comparação com o mesmo período de 2016. A BB Seguridade ainda não conseguiu compensar a queda do resultado financeiro, na esteira da redução da taxa de juros, com o operacional. Além disso, os números da companhia que opera os seguros patrimonial e de automóveis (SH2) continua em uma tendência negativa.

Na SH1, que reúne seguro de vida, habitacional e rural, a sinistralidade melhorou 4,1 pontos-percentuais, para 26,9%, e o índice combinado - que mede a eficiência operacional e quanto menor, melhor - piorou 10,1 pontos, para 79,2%. Em SH2, o índice de sinistralidade caiu 1,6 ponto, para 62,2%, e o índice combinado ficou 1,7 ponto pior, passando para 108,2%.

Segundo o BTG Pactual, tanto o resultado líquido quando o guidance decepcionaram. Além da queda da Selic, os analistas destacam o prejuízo no segmento SH2 e baixas contábeis da BB Corretora.

Na avaliação do Credit Suisse, o seguro prestamista e o rural continuam como os destaques positivos. Os prêmios do prestamista subiram 47,8%, com a menor taxa de cancelamento e as vendas mais fortes. Além disso, o seguro rural teve um crescimento de 19,5% nos prêmios. Por outro lado, a queda de 3,5% no seguro de vida e o recuo de 26,5% nas contribuições em previdência pesaram negativamente.

Para este ano, a empresa destaca dois pontos: concluir a renegociação com a parceira Mapfre, implementando a nova configuração da joint venture, e continuar o processo de recuperação de vendas. As negociações seguem o cronograma e o prazo estimado em 90 dias para assinatura do acordo está mantido. (Colaborou Álvaro Campos)

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