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Movimentação de executivos se intensifica

Fonte: Valor Econômico
Por Denise Bueno | Para o Valor, de São Paulo

Desde 2017, a troca de executivos no mercado de seguros tem sido intensa. Parte desse movimento é consequência das fusões e aquisições, parte vem da aposentadoria de alguns profissionais. Mas a grande maioria delas decorre de mudanças das estratégias das empresas para enfrentar o futuro.

Fernando Andraus, diretor executivo Latam da Page Executive, afirma que o setor passa por uma transformação importante. "Geralmente nas entrevistas de candidatos é comum ouvir a frase 'fui parar em seguros', algo como se fosse um acidente, inclusive em cargos de liderança. Agora já percebemos o setor reconhecido como um laboratório de inovação, que atrai profissionais de diversos segmentos", diz.

Entre os potenciais atrativos do setor para a carreira profissional de executivos, Andraus cita a diversidade de opções. "É possível atuar com tecnologia, na área de B2B, no atendimento ao consumidor final. A comunicação ainda tem um formato técnico, o que torna essa área potencial para novas contratações diante da mudança dos hábitos de consumo e do empoderamento do consumidor."

Duas grandes mudanças estão previstas para acontecer ainda em março na Bradesco Seguros e na Porto Seguros. O presidente do grupo Bradesco Seguros, Octavio de Lazari, que assumiu o cargo em meados de 2017, foi indicado para assumir o comando do banco, substituindo Luiz Carlos Trabuco, que segue para o conselho de administração. Lazari tem quatro candidatos e o escolhido será revelado ainda neste mês.

Também em março acontece a reunião do conselho da Porto. A expectativa é da aprovação do nome do vice-presidente, Roberto Costa, para o lugar do CEO, Fábio Luchetti, que segue para o conselho. Ambos os novos presidentes têm como objetivo investimentos no atendimento aos clientes e corretores.

Outra mudança importante no Bradesco foi a contratação de Ney Dias, que deixou a holding de seguros do Itaú e Porto para comandar a Bradesco Auto RE, seguradora de riscos patrimoniais do grupo. O Itaú nomeou Luiz Butori para comandar a área de seguros do banco. Ele começou sua carreira em seguros, mas passou os últimos seis anos transformando o Personnalité, segmento de alta renda do grupo, um dos mais conceituados do mercado. "Estou finalizando o plano de negócios para apresentar ao comitê executivo. Em breve teremos muitas novidades, pois queremos levar proteção para boa parte dos 60 milhões de clientes que temos como base para atender", diz.

A BrasilPrev nomeou neste mês Marco Antonio Barros para substituir Paulo Valle, que estava à frente da empresa de previdência do Banco do Brasil e Principal há dois anos. A Allianz também trocou de presidente. Após quatro anos como CEO, Pérez Jaime foi sucedido pelo espanhol Eduard Folch este ano. Nascido na Espanha, Folch é graduado em economia e administração de empresas com especialização em ciências atuariais pela Universidad de Barcelona.

Fora essas grandes mudanças, o setor registra o vaivém de especialistas em nichos de negócios. Em grandes riscos, os principais destaques neste ano são Luis Nagamine, que deixou a Chubb para liderar o time de resseguro e subscrição do segmento de riscos corporativos da Mitsui Sumitomo Seguros; e Edson Togushi, que deixou a Tokio Marine para comandar a área de grandes riscos do Brasil da concorrente japonesa Sompo Seguro.

"Acreditamos que a gestão de riscos, assim como riscos cibernéticos, têm provocado bastante interesse entre os profissionais de seguros", diz o presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar.

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