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Roubo de carga tem crescimento contínuo

Fonte: Valor Econômico
Por Guilherme Meirelles | De São Paulo

A Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (NTC) ainda não totalizou os números relativos ao roubo de cargas em 2017, mas a expectativa é que fiquem entre 7% e 8% acima dos dados registrados em 2016. Naquele ano, de acordo com pesquisa realizada junto às secretarias de Segurança de todos os Estados, houve 24.563 ocorrências, recorde histórico da série levantada pela entidade. Os prejuízos estimados foram de R$ 1,364 bilhão.

Os dados apontam para um crescimento contínuo desde 2013, ano em que ocorreram 15.153 roubos em rodovias e centros urbanos. No ano seguinte, passaram para 17.432, subindo para 19,248 em 2015. A região Sudeste, em especial as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, responderam por 84,68% das ocorrências em 2016. Cerca de 75% dos crimes ocorrem em regiões urbanas, com cargas de menor valor agregado e 25% na entrada das capitais, principalmente na região da Baixada Fluminense (RJ) e nas imediações de Guarulhos e bairros próximos às rodovias Dutra e Fernão Dias. As cargas mais visadas são produtos alimentícios, cigarros, combustíveis, eletrodomésticos e produtos farmacêuticos.

Segundo Marcelo Rodrigues, diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), algumas seguradoras fixaram a participação obrigatória do segurado em até 40% em casos de determinadas cargas para o Rio de Janeiro. "As seguradoras estão bem mais rigorosas em checar os requisitos dos planos de gerenciamento de riscos das transportadoras", afirma.

Além do aperto das seguradoras, as transportadoras instituíram a Taxa de Emergência Excepcional (Emex) para os serviços no Rio de Janeiro. A taxa prevê a cobrança de R$ 10 por fração de 100 kg de carga, mais um percentual do valor a carga, que varia de 0,3% a 1%.

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