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Alta na venda de carros será insuficiente para seguradoras

Fonte: Folha de São Paulo

A evolução parte de base baixa, e o volume vendido em anos mais pujantes tem idade menos atrativa

A melhora da venda de veículos novos observada nos últimos meses não será suficiente para garantir um crescimento dos seguros automotivos como já ocorreu no passado, segundo seguradoras.

O número de automóveis comercializados até abril chegou a 630 mil, 20,4% a mais que no mesmo período de 2017, segundo a Fenabrave (da indústria).

A evolução, porém, parte de uma base baixa, e o volume vendido nos anos mais pujantes, como 2013 e 2014, já atinge uma idade em que o seguro é menos atrativo, diz Murilo Riedel, presidente da HDI.

“No fim do dia, cresceremos porque diversificamos os negócios, mas o seguro tradicional seguirá em queda. O pior virá em 2019, com o envelhecimento daquela supersafra de veículos de 5 anos atrás.”

“Quanto mais novos os carros, maior a penetração dos seguros, mas isso apenas não explica o nosso crescimento. Cada vez mais precisamos criar produtos de entrada para ter novos clientes”, afirma Jaime Soares, da Porto Seguro.

Como 85% da frota segurada tem até cinco anos, os prêmios mais elevados também têm colaborado para uma expansão do setor, afirma Marcelo Goldman, da Tokio Marine.

O otimismo existente para 2019 e 2020 se dá mais por causa do cenário econômico do que pelo aquecimento do mercado de automóveis, afirma Saint’Clair Pereira Lima, diretor da Bradesco Seguros.

“Os emplacamentos ainda estão longe do nível de 3 ou 4 anos atrás, então temos reduzido custos e aproveitado as vendas por canal bancário para alcançar mais regiões.”

O BB Mapfre prevê uma melhora gradual após as eleições. Até lá, tem apostado em reduzir preços e ganhar volume, diz o diretor Glaucio Toyama.

CASAMENTOS E PROPOSTAS

A Jobzi, de recrutamento que tem um site de busca de trabalho, abre uma frente de atuação para oferecer a triagem de currículos para empresas.

A startup notou a dificuldade de companhias em selecionar os mais aptos entre tantos candidatos.

“Algumas recebem 10 mil currículos e precisam de uma triagem. Entregamos um ranking dos melhores aos menos qualificados,” diz Paula Guedes, fundadora e CEO da Jobzi.

Para grandes empresas, a remuneração se dará por um pagamento mensal, a partir de R$ 70, a depender das funcionalidades pedidas.

A empresa já fez mais de 225 trilhões de casamentos de vagas e postulantes, afirma. Se o candidato não tem qualificação para a vaga, o site o dirige para outras posições.

“A inteligência artificial, além de achar o candidato ideal, torna o processo de seleção mais justo porque é como se uma pessoa estivesse lendo com atenção 10 mil currículos”, diz.

“Se a vaga pede inglês, por exemplo, e a pessoa escreveu língua inglesa, o processo usual não capta e ela é rejeitada.”

Foi com essas pesquisas que Paula percebeu há mais de dois anos que a oferta de emprego estava caindo, enquanto crescia o anseio por um “outsider” da política para presidente, como o apresentador Luciano Huck.

Comentou com seu pai, Paulo Guedes, um dos fundadores do Banco Pactual, que levou a ideia adiante e hoje é apontado por Jair Bolsonaro (PSL) como o nome que gostaria de ter para ministro da Fazenda, se eleito.

Paula não se estende em comentários sobre política e diz que nada está definido quanto a essa possibilidade.

PONTE O Banco de Desenvolvimento da China (China Development Bank) e a Prefeitura de São Paulo assinarão nesta semana um Memorando de Entendimento para acordos comerciais e projetos de cooperação.

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O número de lojas online no país aumentou 12,5% no último ano, de 600 mil a 675 mil, segundo a multinacional de meios de pagamento Paypal.

O número representa 5,6% do total de sites ativos no Brasil, segundo a companhia.

“A alta deverá se manter. O número de dispositivos no país é maior que o de habitantes e passamos o dobro do tempo que os americanos engajados em dispositivos móveis”, diz a diretora-geral, Paula Pachoal.

“A crise impactou o crescimento do comércio online no Brasil, mas ainda assim o setor tem mantido o ritmo de alta.”

O crescimento no acesso via celulares impulsionou a alta de portais multiplataforma no país. Três em cada quatro lojas digitais adotam a tecnologia hoje. Eram uma em quatro em 2016.

Luxo em pausa

O mercado de luxo no Brasil, que apresentou resultados fracos nos últimos dois anos, não deverá ver recuperação definitiva neste ano, de acordo com a Deloitte.

A perspectiva da consultoria é que o mercado mundial, que faturou cerca de US$ 1 trilhão (R$ 3,67 trilhões) no ano passado, cresça em 2018 na maior parte do planeta, mas com risco de volatilidade na Europa e na América Latina.

“O Brasil e o entorno estão descolados do desempenho das outras regiões, que crescem em média de 3% a 4% ao ano”, afirma o líder de bens de consumo da consultoria, Reinaldo Saad.

“Com o baque econômico, caiu o poder de compra da classe média, uma das responsáveis pelo boom do setor de luxo em anos anteriores. A retomada do segmento deverá se consolidar só em 2019.”

Estoques sob demanda e a expansão do ecommerce ajudariam o setor a melhorar resultados no país, diz Saad.

Tendências do segmento na América Latina
Setor deverá crescer abaixo da média mundial

México - considerado o país mais atrativo para marcas no continente

Argentina - Empresas do ramo têm voltado ao país; escassez de oferta favorece segmento

Brasil - Consumidores cortaram supérfluos na crise; cenário é de leve melhora

Da infância A indústria de alimentos Pif Paf vai patrocinador o Museu dos Brinquedos, em Minas Gerais, espaço que conta com um acervo de 5.000 peças. Entre elas, há objetos que foram fabricados no século 19.

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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