Superbanco não passa Bradesco em seguros
Mesmo com a associação das operações de seguros, previdência privada e capitalização entre Itaú e Unibanco, o Bradesco continuará mantendo a maior seguradora bancária do mercado brasileiro, com prêmios diretos de R$ 10 bilhões, contra R$ 6 bilhões da Itaú Seguros, em segundo lugar, e R$ 3,7 bilhões da Unibanco AIG, em terceiro. Tão logo seja autorizada pelo Banco Central (BC), a fusão consolidará o superbanco um posto atrás do Bradesco, com prêmios de seguros de R$ 9,8 bilhões e market share de 19,7%.
Para o professor da Escola Nacional de Seguros (Funenseg) e sócio da Correcta Seguros, Gustavo Cunha Mello, o Bradesco terá a liderança ameaçada e o Banco do Brasil, na atual quarta colocação, ficará para trás com a nova composição do mercado segurador. "Nem o Itaú nem o Unibanco são fortes na venda de seguros na rede bancária. Se eles usarem a capilaridade da nova rede de agências, como vem fazendo o Banco do Brasil e já faz o Bradesco há algum tempo, se tornarão um império", comenta Mello.
O especialista destaca ainda outros pontos positivos para as instituições envolvidas na fusão anunciada ontem. "A estratégia dos dois bancos para a área de seguros deverá ser a sinergia. O Unibanco é melhor que o Itaú em seguros mais vultosos e diferenciados, enquanto que o Itaú se destaca em produtos massificados, no varejo." A fusão fará nascer também uma seguradora com patrimônio líquido mais encorpado. "Isso é positivo para aumentar a retenção e melhorar as taxas de seguros que dependem de resseguro. Hoje o Bradesco é muito dependente do IRB-Brasil Re, mas seu amplo patrimônio faz com que o banco vença as concorrências porque tem cacife para oferecer desconto", diz Cunha.
AIG
Na entrevista coletiva que anunciou a operação, o presidente do Unibanco, Pedro Moreira Salles, reforçou o interesse em adquirir a participação minoritáira da parceira AIG na sociedade com a instituição que já dura mais de dez anos. O Itaú já conta com a parceria de uma resseguradora, a XL Re.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Luciano Máximo)
Para o professor da Escola Nacional de Seguros (Funenseg) e sócio da Correcta Seguros, Gustavo Cunha Mello, o Bradesco terá a liderança ameaçada e o Banco do Brasil, na atual quarta colocação, ficará para trás com a nova composição do mercado segurador. "Nem o Itaú nem o Unibanco são fortes na venda de seguros na rede bancária. Se eles usarem a capilaridade da nova rede de agências, como vem fazendo o Banco do Brasil e já faz o Bradesco há algum tempo, se tornarão um império", comenta Mello.
O especialista destaca ainda outros pontos positivos para as instituições envolvidas na fusão anunciada ontem. "A estratégia dos dois bancos para a área de seguros deverá ser a sinergia. O Unibanco é melhor que o Itaú em seguros mais vultosos e diferenciados, enquanto que o Itaú se destaca em produtos massificados, no varejo." A fusão fará nascer também uma seguradora com patrimônio líquido mais encorpado. "Isso é positivo para aumentar a retenção e melhorar as taxas de seguros que dependem de resseguro. Hoje o Bradesco é muito dependente do IRB-Brasil Re, mas seu amplo patrimônio faz com que o banco vença as concorrências porque tem cacife para oferecer desconto", diz Cunha.
AIG
Na entrevista coletiva que anunciou a operação, o presidente do Unibanco, Pedro Moreira Salles, reforçou o interesse em adquirir a participação minoritáira da parceira AIG na sociedade com a instituição que já dura mais de dez anos. O Itaú já conta com a parceria de uma resseguradora, a XL Re.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Luciano Máximo)
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