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Sorte Mania: a desvirtuação do seguro de vida

O Sorte Mania Vida Premiável, um Plano de Pecúlio Coletivo de Previdência Complementar vendido nas últimas semanas em nosso Estado como um jogo de azar é mais uma prova inequívoca da pouca importância dada ao ramo de seguro de pessoas por grande parte da população. Milhares de pessoas, sem conhecimento, estão se associando compulsoriamente à Associação APLUB de Preservação Ambiental – ASSOCIAPLUB numa tentativa da empresa promotora de dar uma aura de legalidade ao negócio. Veja como o negócio é confuso: A pessoa adquire o certificado (cartela) e através dela se associa instantaneamente a uma entidade, aderindo ao plano de pecúlio coletivo com cobertura por morte de R$ 3.000,00 válido por 30 dias. Para tentar dar legalidade aos sorteios de prêmios, o adquirente do certificado (cartela) não tem diretamente o direito ao sorteio que é lastrado por títulos de capitalização de propriedade da APLUB que por sua vez cede os seus direitos ao adquirente do certificado. Viram como é complicado? Em vários Estados o Ministério Público Federal já proibiu a realização desses sorteios, vamos esperar pra ver até quando o de Sergipe vai durar.

3 comentários:

  1. Acho que vc não está muito atualizado no mundo dos seguros. Em 2006 um prêmio Nobel saiu para Mohammed Yannus que defende esse tipo de produto para pessoas de baixa renda. Um dos professores da Funenseg Dr. Albano Gonçalves defende em seu comentário abaixo também esse tipo de produto.
    Tenho certeza que vc irá ler mais um pouco antes de criar um Blog tão sem fundamentos como esse.

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    Microsseguro: o negócio de inserção social

    Quando o professor Mohammed Yannus, mais conhecido como o “banqueiro dos pobres”, ganhou o Nobel da Paz em 2006, uma reflexão se pôs à mesa: qual seria a verdadeira função social das entidades financeiras; até onde poderia atuar uma empresa privada no desafio de trazer bem estar à sociedade? Na ocasião, Yannus foi agraciado com a honraria juntamente com o banco que fundou, o Grammen Bank, por conceder microcréditos a mais de 3,8 milhões de pessoas no Bangladesh.

    A experiência bem sucedida pode servir como referência à nova etapa que o mercado de seguros se prepara para encarar. O Microsseguro, definido como um grupo de coberturas destinadas a pessoas que ganham até 4 reais por dia, é considerado como um “irmão” do microcrédito inventado por Yannus. Dentre suas finalidades está também o desafio de diminuir a pobreza e o da inclusão social. Através de uma apólice contratada por menos de dez reais mensais, o segurado poderá proteger seu patrimônio e atenuar quedas bruscas de renda, frutos de trabalho autônomo ou por desemprego, por exemplo.

    Viabilizar um modelo de apólice para o público de baixa renda não é só uma preocupação brasileira. CGAP (Consultative Group to Assist the Poor), consórcio composto por 33 agências de desenvolvimento, públicas e privadas, cuja missão é expandir o acesso aos serviços financeiros para os pobres de países em desenvolvimento, criou em 2006 um grupo de trabalho de Microsseguro Internacional. O Brasil lidera estes estudos, por meio da Susep, que centra esforços para que o seguro torne-se uma realidade nos lares brasileiros.

    Existem cerca de 100 milhões de pessoas de baixa renda no País. Consumidores das classes C, D e E, esses brasileiros têm uma renda estimada de R$ 180 bilhões e, portanto, formam um público alvo interessante para qualquer empresa de varejo. "O microsseguro é o seguro da inserção social", diz Antônio Cássio dos Santos, presidente da Mapfre e representante da Fenaseg, entidade que reúne as seguradoras, na recém-criada Comissão de Microsseguros da Susep, o órgão regulador.

    O foco dos microsseguros é o consumidor de classe baixa, que no mundo somam cerca de 4 bilhões de pessoas, com potencial de mercado de cerca de 5 trilhões de dólares. Isso mesmo: 5 trilhões de dólares. "Temos que acabar com esses mitos em relação ao consumidor de baixa renda no Brasil, na América Latina e no mundo", atentou. Na América Latina, diz Cássio, esse mercado chega a 500 bilhões de dólares. "É um mercado desatendido", aponta ele.

    Ele citou o caso da China. Enquanto o país cresce à taxa anual de 8%, 25% da população sofre uma perda de 20% de suas rendas em um ano atípico, acontecimento que pode gerar oportunidades de oferta de cobertura e proteção de um microsseguro. "É uma forma de mitigar danos à família, a uma pessoa ou pequena empresa", enumera. Segundo Cássio, existem várias opções de negócio nesse segmento: seguro de vida, VGBL ("um produto desse tipo a vinte reais pode ser considerado como microsseguro), funeral, educacional, crédito, propriedades, roubo, crédito, gado, inundação, danos à lavoura, ao lar, acidentes, doenças óticas, ambulatorial, incapacidade física, mutilação, etc. Mas ele acredita que o governo federal pode dar a sua contribuição para estimular o negócio do microsseguro no Brasil. "Zerar impostos para todos os tipos de microsseguros deveria ser a contribuição do governo para o desenvolvimento do setor", atenta.

    Responsabilidade social X filantropia

    Apesar de ser tido como um “negócio de inserção social”, especialistas em seguro alertam para que se não confunda a função do Microsseguro na sociedade com caridade.

    “O que precisamos entender é que hoje todas as famílias precisam ter um seguro para prevenir perdas financeiras na falta daquele que traga o sustento econômico pra dentro de casa. Independente da renda, seja um trabalhador que receba 500 reais ou um executivo que ganhe muito mais que isso”, afirma Albano Gonçalves, consultor de seguros e professor da Funenseg.

    Em contrapartida, as coberturas contratadas podem dar maior fôlego financeiro a uma grande faixa da população habituada a ter poucas fontes de renda. O risco de se adquirir um bem ou serviço, por exemplo, e não cumprir com o pagamento pela falta do responsável econômico, poderá ser minimizado com a contratação de um Microsseguro que tenha coberturas para morte natural, acidental e risco de invalidez.

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  2. Olha caro amigo, mesmo achando que realmente se trata de um bingo, o que na realidade é, não sou de acordo com seu fechamento. Pois acredito que se o governo Brasileiro fosse mais real com os verdadeiros crimes que existem em nosso país, não precisariámos gastar o tempo de nossas polícias em fechamento de jogos tipo de "azar" no Brasil. Por mais que se criminalize esses tipos de jogos, já cairam em gosto popular, por isso enquanto tiverem jogadores, nunca irão acabar, sempre encontrarão uma brechinha na lei.. Então por quê não legalizar de uma vez? já que muitos países, inclusive nossos vizinhos argentinos, lucram demasiado com as jogatinas, inclusive até nosso realzinho estão indo para lá, em cidades prox. as fronteiras.. Muitos trabalhadores também são beneficiados com certos jogos, é uma renda a mais, um kilinho de feijão amais no seu prato. Acho cinismo dizer que a ilegalidade de alguns jogos desfavoreçe a idoneidade de um país. Crimes maiores mancham o Brasil, os sequestros estão nas ruas, o tráfico estão matando nossas crianças, a bebida, quantos não deixam mortos neste país? o cigarro,que a cada ano mais bate record de cancêr! Acredito que jogo é uma terapia pra muitos, então vamos cuidar das coisas sérias e vamos deixar o povo escolher se querem ou não jogar, pois o jogo é livre, joga quem quer e acredita!

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  3. Nota do autor: Concordo com o primeiro comentarista quando diz respeito a necessidade das seguradoras investirem no microsseguro, a nota em questão não é contra esse tipo de seguro, muito pelo contrário, o que é discutívrl é venderem uma uma coisa que a pessoa que compra não sabe o que está comprando, eu ainda não vi nenhum panfleto ou propaganda do Sorte Mania informamndo que a pessoa tem direito a uma indenização em caso de evento coberto o que na verdade é a questão principal, o sorteio é o acessório.

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