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Tokio Marine mira no varejo em sua nova fase

Como forma de alcançar a meta de 15% de crescimento em 2009, ano em que desfez a parceria com o Banco Real, vendido ao espanhol Santander, a Tokio Marine Seguradora irá apostar no segmento de varejo e na diversificação de produtos.

A empresa, tradicional no segmento corporativo, se fortaleceu no varejo em 2005, com a aquisição de 100% da Real Seguros e com a joint venture com o banco, no setor de vida e previdência. Segundo o vice-presidente Comercial da Tokio, Sérgio Camilo, essa estratégia já estava traçada antes mesmo da venda dos 50% que a seguradora possuía na parceria para o banco espanhol, que pagou cerca de R$ 680 milhões, e será mantida. "Com o Real, ganhamos a expertise no varejo que já possuíamos no corporativo. Agora ampliaremos o foco nesse segmento." No último ano, o Real Tokio Marine Vida e Previdência alcançou um lucro líquido de R$ 96,705 milhões, um crescimento de 21% ante o acumulado no ano anterior, de R$ 79,829 milhões.

Segundo ele, a idéia é segmentar os produtos da empresa para todas as áreas. "Queremos que um mesmo cliente tenha toda a sua carteira de seguros dentro da nossa companhia", garante.

"Não podemos ficar presos a uma área e a um produto. Buscamos a inovação e estamos olhando para o que o mercado demanda", completa o diretor Técnico Corporativo da instituição, Felipe Smith.

Estimativas de dezembro de 2008 davam conta de que a companhia cresceria 10% naquele ano, acumulando um total de R$ 1,7 bilhão em prêmios. "Preparamos o crescimento de 2009 desde o ano passado", diz o vice-presidente Camilo. Segundo ele, um produto passa por cerca de 8 meses de preparação antes de seu lançamento, o que inviabiliza uma estratégia de segmentação definida às pressas.

Neste início de ano a companhia já lançou um novo seguro destinado aos barcos a vela. "Precisa de toda uma pesquisa para preparar um produto que seja adequado ao cliente. Não adianta desenhar algo que não irá atender ao consumidor", explica Camilo. A seguradora planeja também um novo seguro para automóveis, a ser lançado em meados de julho.

Nos segmentos de transportes e engenharia civil, produtos tradicionais, a empresa já registrou crescimento de aproximadamente 25% e 50%, respectivamente. "Esperávamos um crescimento mais modesto em engenharia, mas neste primeiro trimestre já se alcançou uma cifra que garante alta de 20% no ano", diz Felipe Smith.

Em transportes, diz Camilo, já houve uma recuperação do setor automotivo. "Janeiro e fevereiro foram melhores que os mesmo meses de 2008 no segmento de zero-quilômetro. Usados ainda não, pois há mais oferta que procura no mercado", completa.

Além dos novos produtos, diz Smith, a seguradora promoveu várias ações para garantir o crescimento. "Treinamos pessoal, iremos abrir novas filiais e estamos investindo na relação com o corretor de seguros, para que ele conheça bem nossos produtos, os diferenciais e os serviços agregados."

Apesar do foco no setor de varejo, os executivos acreditam que a companhia vai continuar a dar atenção ao segmento de seguros empresariais e também ao de equipamentos agrícolas. "Uma colheitadeira pode custar R$ 500 ou R$ 600 mil. Não há como ter um equipamento desses sem seguro", justifica o vice-presidente.

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