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Ações da SulAmérica têm valorização de 200% e chamam atenção

Fonte: Brasil Econômico

O processo de consolidação pelo qual o mercado de seguros brasileiro está passando tem deixado o setor em evidência e atraído a atenção de investidores - e corretoras, claro.

Nesta semana, o banco americano Goldman Sachs começou a cobrir os papéis de SulAmérica e Porto Seguro, as duas seguradoras que atuam em diversas linhas que têm capital aberto. E não é para menos.

As ações da SulAmérica tiveram valorização de 222,3% desde janeiro do ano passado, ante um desempenho de 83,3% do Ibovespa, índice de referência do mercado acionário.

Assinado pelos analistas Carlos G. Macedo e Jason B. Mollin, o primeiro relatório do Goldman tem recomendação de compra das ações da SulAmérica e de neutra para a Porto Seguro.

Para a SulAmérica, a cotação alvo do papel é de R$ 63,60, com potencial de valorização de 36%. Ontem, a ação fechou a R$ 48,70. Já para a Porto, que ontem era cotada a R$ 17,34, o preço-alvo é de R$ 22,20, com potencial de 25%.

Na avaliação dos analistas, as ações da seguradora da família Larragoiti estão sendo negociadas com o preço baixo em relação às da Porto. O mesmo acontece na comparação com os papéis das seguradoras internacionais.

Avanço

Os analistas destacam o potencial de crescimento desse mercado, que apesar de ter apresentado aumento acima de 10% nos últimos anos - duas vezes mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) -, ainda tem baixa presença na população brasileira.

Além disso, o crescimento da economia também vai impulsionar esse mercado, o que manterá o lucro e as margens das empresas atrativos para os investidores. Para a pessoa física, principalmente, a distribuição dos dividendos das duas companhias faz bilhar os olhos.

A SulAmérica irá propor à Assembléia de Acionistas (que ocorre dia 31 de março) elevar de 25% para 50% o porcentual do lucro que vai distribuir nos exercícios de 2009, 2010 e 2011. Já a Porto distribui cerca de 40% do ganho.

"Além de ter tido um resultado satisfatório em um ano difícil, o nível de pagamentos de dividendos da SulAmérica é atrativo", avalia Filipe Acioli, analista da Ágora.

Segundo ele, o setor tem uma boa geração de fluxo de caixa. "E a SulAmérica tem um caixa elevado." Já a Porto, por estar muito focada no mercado de seguros de automóveis, viu um aumento do índice de sinistralidade por conta chuvas e enchentes em São Paulo, especialmente.

Perspectiva positiva

Os analistas do Goldman e da Ágora, porém, avaliam que as perspectivas para o papel da Porto são favoráveis, por conta da parceria com o Itaú Unibanco, cujas sinergias ainda não foram sentidas pelo mercado.

As ações das duas companhias também são acompanhados por analistas das corretoras do Bradesco, BTG Pactual, Santander, Banco Fator, Itaú, Morgan Stanley, Votorantim Corretora e Espírito Santo.

Na bolsa, há outras empresas do setor, mas na área de saúde, como Amil, Medial, Dasa, Fleury e Odontoprev.

"É um mercado mais difícil, pois tem a regulação da ANS (Agência Nacional de Saúde), e que opera com margens menores", comenta Acioli. "Mas também tem bastante espaço para crescer."

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