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Mitsui Seguros quer aumentar fatia no Brasil

Fonte: DCI Online

SÃO PAULO - Em um dos setores mais competitivos da economia brasileira, uma das maiores seguradoras japonesas faz planos para se manter firme em um mercado cada vez mais disputado por grandes bancos. Mas Hyung Mo Sung, vice-presidente da Mitsui Seguros, faz projeções otimistas para a atuação da seguradora nos próximos anos. No ano passado, a companhia conseguiu crescimento de 66% nos prêmios retidos, o equivalente a receita líquida para as empresas de outros setores. Depois de um ano tão positivo, Mo Sung acredita que a empresa não vá parar por aí. "Temos crescido em média 10% ao ano nos últimos 10 anos, e em 2010, acreditamos que podemos crescer mais 25%", afirma.

Pela força que a Mitsui tem no Japão, Mo Sung se diz tranquilo quanto a posição da seguradora no Brasil, em um momento de consolidação do setor, com diversas parcerias firmadas principalmente entre grandes bancos e seguradoras. "Somos líderes no Japão e a quinta maior do mundo quando se exclui o seguro de vida". Além disso, a Mitsui é o segundo maior acionista privado da Vale, com 15% de participação, atrás somente da Bradespar, braço de participação do Bradesco. Por isso, Mo Sung aposta no crescimento orgânico da Mitsui no Brasil, sem a necessidade de fazer fusões ou aquisições.

E não é difícil entender esse otimismo do vice-presidente da Mitsui. O mercado segurador do Brasil está em um momento muito bom. Segundo relatório divulgado no início deste mês pelo Banco Santander, o setor de seguros no Brasil deve crescer pelo menos 16%, e deve superar os R$ 100 bilhões em prêmios. Para os próximos anos, até 2014, o setor deve manter taxas de expansão de 15% ao ano. O crescimento deve ser puxado por vários fatores, como vendas crescentes de automóveis, queda no desemprego, crescimento do crédito, especialmente o imobiliário, e "explosão" do setor de construção civil.

Entre os vários segmentos de seguros, o Santander destaca o potencial de crescimento das apólices de saúde, que "podem crescer acima das expectativas", dependendo do comportamento do emprego. O banco avalia que o segmento deve apresentar expansão no mínimo na mesma taxa que apresentou em 2009, de 11%. Para o seguro de vida, a previsão é que o segmento supere facilmente os 13% de crescimento de 2009%.

O Santander não vê espaço para maior consolidação no setor de seguros. A expectativa maior agora é com relação à SulAmérica. O grupo holandês ING, sócio da seguradora no País, já avisou no ano passado que quer sair do setor de seguros no mundo todo. Há também a expectativa do fim da parceria da SulAmérica com o Banco do Brasil na seguradora de saúde do banco.

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