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Rio de Janeiro: Prejuízo para seguradoras deve atingir R$ 60 milhões

Fonte: Brasil Econômico

Estimativa é do Sincor-RJ, que prevê maiores perdas no segmento de automóveis afetados pelas enchentes
Ricardo Rego Monteiro e Thais Folego

O setor de seguros deverá arcar com um prejuízo da ordem de R$ 60 milhões por causa das chuvas no Rio de Janeiro, segundo estimativas do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-RJ). As perdas devem se concentrar principalmente no segmento de veículos, diz Henrique Brandão, presidente do Sincor-RJ. Ele calcula uma incidência de, no mínimo, 8 mil sinistros só com veículos na região do Grande Rio. Desses, 1.500 envolveriam casos de perda total. Somente uma concessionária de veículos na Tijuca, na Zona Norte da Cidade, perdeu 80 carros com o desabamento do teto do local.

Entre domingo e ontem, a média de atendimento de ocorrências com veículos na Porto Seguro foi 37% maior que nos dias normais, com maior volume na segunda-feira (46%). "Entre a noite de segunda e durante toda a terça-feira, as ocorrências diretamente relacionadas aos alagamentos atingiram 38% do total de veículos socorridos pelo Porto Seguro Auto", explica Milton Oliveira, gerente do atendimento da seguradora, que no Estado do Rio é responsável por uma frota de cerca de 250 mil veículos segurados.

Para atender todos os casos, as seguradoras deslocam um contingente maior de prestadores de serviços. "Devido ao maior volume de ocorrências concentradas em um determinado período, deslocamos um contingente maior de reboques, carros de apoio e peritos para a região", comenta Edison Kinoshita, diretor de contact center da SulAmérica. A partir da madrugada de segunda, a Porto transferiu guinchos de São Paulo para o Rio, um aumento de 46% da frota local.

Residências

Em nota divulgada ontem, a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) confirmou que os segmentos mais propensos a registrar aumento de sinistros são o de auto e de residencial. De acordo com o superintendente de sinistros da Marítima Seguros, Edson Luiz Quinhonero, ao contrário do seguro para veículos, a cobertura para inundações em residência, condomínio e instalações de empresas não é básica. "Essa não é uma cobertura comum e por isso acreditamos que não vamos ter muitas reclamações no segmento patrimonial", explica o superintendente. Segundo ele, no caso de muitas chuvas os danos elétricos são muito comuns-esses sim cobertos nas apólices -, por conta da maior incidência de descarga elétrica.

Para Brandão, do Sincor-RJ, as chuvas também vão impactar os seguros de acidentes pessoais e apólices de vida. Tradicionalmente adquiridos por famílias de renda mais alta, os seguros de vida deverão registrar ligeira alta de sinistros devido aos deslizamento de encostas - que também atingiram residências em áreas mais privilegiadas, como bairros de Niterói.

Brandão prevê a possibilidade de impacto nos preços das apólices no próximo ano, cujos cálculos poderão incorporar ocorrências como as verificadas no início da semana.

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