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Vida em Grupo deve se ajustar aos novos tempos

Diante das boas perspectivas de crescimento do ramo de pessoas, diretor do CVG-SP aponta para a necessidade de revisão técnica e atuarial nos seguros coletivos, para que esta modalidade do vida em grupo também tenha condições de se desenvolver.

O seguro de vida em grupo foi o terceiro produto mais comercializado pelas seguradoras em 2009, de acordo com o último balanço divulgado pela Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi). No ano passado, o ramo acumulou R$ 7,2 bilhões em prêmios, registrando uma alta de 12,95% em relação a 2008, quando somou R$ 6,3 bilhões em prêmios.

O primeiro lugar no ranking coube ao seguro prestamista, que subiu de R$ 2,3 bilhões em prêmios, em 2008, para R$ 2,7 bilhões em 2009, registrando um crescimento de 17,82%, o maior percentual entre todos os produtos do ramo de pessoas. O segundo lugar ficou com o seguro de acidentes pessoais coletivo, que cresceu 16,56%, em 2009, e somou R$ 2,1 bilhões em comparação ao R$ 1,8 bilhão acumulado no ano anterior.

Esse bom desempenho do seguro de pessoas, que mesmo em um cenário de crise internacional fechou 2009 com volume de R$ 13,7 bilhões em prêmios, 13,47% maior do que 2008, deverá ser superado em 2010. Entretanto, o diretor adjunto da Diretoria Administrativa e Financeira do CVG-SP, Armindo Pereira Silva, alerta que uma das modalidades do seguro de vida em grupo, a de apólices coletivas, precisa de ajustes.

“As conhecidas ‘apólices associativas’ precisam ser mais bem trabalhadas em critérios de aceitação e precificação por faixa etária, para que possam atingir o equilíbrio técnico e atuarial e, com isso, se adequar aos novos tempos”, diz o diretor. Ele acredita que o seguro de pessoas será diretamente beneficiado pela nova tábua biométrica e pela implantação do microsseguros, mas adverte que sem a necessária revisão, as apólices coletivas correm o risco de não acompanhar o bom desempenho do ramo.

O presidente do CVG-SP, Osmar Bertacini, concorda com o diretor Armindo Pereira da Silva, quanto à necessidade de “oxigenação” na modalidade de apólices coletivas do vida em grupo. Mas, resolvida esta questão pontual, ele mantém sua convicção no grande potencial do ramo. “Está patente que o crescimento da economia resultará em aumento de empregos e salários, alavancando também o desempenho dos seguros de vida em grupo e acidentes pessoais”, afirma.

Para Bertacini, além do crescimento econômico, o ramo de pessoas será estimulado pela nova tábua biométrica, que ampliará o número de segurados a partir da redução no valor do prêmio, e pelo microsseguros, que divulgará o conceito de proteção do seguro a uma nova parcela da população. “Vejo um grande mercado a ser conquistado pelos seguros de pessoas”, diz.

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