Para espanhola Cesce, Brasil é o mercado numero 1
Fonte: Brasil Econômico
Empresa tem como acionistas os maiores do mundo, como Santander, Munich Re e BBVA
Eles têm como um de seus acionistas um dos maiores resseguradores do mundo, a Munich Re, responsável por cerca de 40% da capacidade concedida para seguro garantia no Brasil.
Com mais de 40 anos de experiência na Europa, a Cesce desembarcou no Brasil em 1996 com operações de seguro garantia e, desde 2003, também atua em seguros de crédito interno e à exportação. Com a economia do Brasil aquecida, a seguradora espanhola está investindo em sistemas de informática e modelos atuariais para gerenciamento de riscos comerciais para apólices de crédito. A expectativa é que o negócio cresça 30% este ano.
Os senhores acabaram de inaugurar o escritório-sede da Cesce emSão Paulo. Quais são seus planos para o país?
A Cesce é um grupo internacional -tem como acionistas o Santander, a Munich Re e o BBVA-, que está fazendo uma expansão internacional há muitos anos.
Somos líderes em garantia e crédito no mercado sul-americano, mas dentro da região há mercadosmarginais e outros em crescimento. O mais importante é o Brasil.Éomercado número um para a Cesce neste momento na América do Sul, com maior potencial para o nosso negócio. O Brasil vai ser o país da moda pelo menos para os próximos seis anos, não só por conta dos projetos para a Copa e a Olimpíada, mas pela própria dinâmica econômica do país, pela estabilidade financeira e política, que são fatores decisivos para a implementação de estratégias de longo prazo. No Brasil, o volume de seguro garantia e de crédito aindaémuito baixo. Por isso, a nossa estratégia aqui não tem comparação com nenhuma outra operação nossa no mundo.
Na avaliação do senhor, há capacidade do setor de seguros para atender todos os projetos que estão planejados? Se não, como deve ser a atuação do governo?
No cenário teórico, o volume deseguro garantia necessário para os projetos de infraestrutura vai aumentar substancialmente. Se o mercado internacional não proporcionar capacidade suficiente para as obras, é legítimo que o governo brasileiro entre oferecendo capacidade necessária, mas é importante a forma como isso será feito. Ele deve dar apoio às seguradoras que já estão no mercado de seguros.
Não deve entrar de forma direta, criando distorções de concorrência e critérios. No segmento de seguro de crédito à exportação, quais são os diferenciais da Cesce em relação à concorrência?
O que queremos oferecer é a gestão de risco comercial, principalmente para pequenas e médias empresas, que estão mais expostas ao risco de atraso nos pagamentos e têm menos capacidade de obter financiamento no mercado. Com o boom da economia, o número de transações econômicas vai aumentar em uma velocidade rápida e o número de inadimplentes pode acabar crescendo também.
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