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Usinas no foco da Allianz Seguros

Fonte: Valor Econômico

Apesar de ainda depender da consolidação de instrumentos de apoio dos governos federal e estaduais para deslanchar no país, o mercado de seguro rural continua a atrair uma demanda crescente e, com isso, a animar as seguradoras a ampliar as apostas no segmento.

Mais um exemplo desse movimento é a Allianz Seguros. Braço do Grupo Allianz SE no Brasil, a empresa vem reforçando seu cardápio de alternativas para o campo e, dadas as perspectivas favoráveis, transformou o etanol em garoto-propaganda desse fortalecimento.

A partir de um conjunto de apólices que cobre desde a construção de uma unidade de produção sucroalcooleira até os canaviais próprios dos usineiros, a Allianz acredita que poderá acelerar seu avanço no ramo rural, que representa de 5% a 6% do faturamento da seguradora no país - que somou R$ 2,25 bilhões em 2009.

O mercado de seguro rural no país vem praticamente dobrando todos os anos desde 2004. Ainda há limitações, mas [o segmento] está amadurecendo, diz Luiz Carlos Meleiro, superintendente de Agronegócios da Allianz Seguros. A companhia já oferece seguro para grãos e promete entrar em frutas em 2011.

As limitações às quais Meleiro se refere estão nos recursos disponíveis para irrigar o programa federal de subvenção ao prêmio do seguro rural, que chega a subsidiar até 70% do custo do contrante, dependendo do produto e da região, e na demora na criação do novo fundo de catástrofe, que tramita no Senado.

No caso do programa federal de subvenção ao prêmio, mostra balanço fechado na semana passada, foram pagos em 2010 R$ 11,5 milhões (1,2 mil apólices subsidiadas), de um orçamento que prevê R$ 238 milhões em todo o ano.

No mercado, estima-se que exista procura para pelo menos R$ 460 milhões em subsídios. Meleiro, particularmente, calcula que a demanda é de R$ 650 milhões a R$ 700 milhões.

Em 2009, o orçamento inicial reservou R$ 182 milhões ao programa federal, mas a pressão pela elevação de recursos agregou mais R$ 90 milhões. Apesar de aprovado há meses, o valor adicional ainda não está disponível. Programas estaduais de subsídio também estão crescendo, e alguns deles podem ser associados ao federal, ampliando o benefício.

Meleiro aguarda para os próximos meses a criação do fundo de catástrofe, que deverá partir com R$ 2 bilhões do Tesouro. Substituto do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural, a ferramenta ajudará as seguradoras a honrar seus compromissos em casos de disparada na taxa de sinistralidade por conta, sobretudo, de adversidades climáticas agudas.

A nova lei de catástrofe é um marco, mas sua regulamentação realmente é difícil, admite o executivo. Culturas e regiões de produção com características distintas colaboram para complicar o processo.

Mas, mesmo enquanto esperam o fundo, as seguradoras já têm em grandes resseguradoras parceiras mais interessadas no segmento.

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