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Alta demanda por "cadeirinhas" provoca falta do produto nas lojas

Fonte: G1
Assentos de elevação estão esgotados em redes de São Paulo.
Equipamentos serão obrigatórios no carro a partir desta quarta-feira (9).

O uso dos dispositivos de retenção para transporte de crianças nos automóveis, entre eles as chamadas cadeirinhas, será obrigatório a partir desta quarta-feira (9) em todo o país, segundo resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para evitar a multa de R$ 191,54 e os sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), os motoristas correram para as lojas da capital paulista nos últimos dias. Alguns produtos estão em falta na véspera do início da fiscalização, principalmente o assento de elevação, que será obrigatório para crianças entre 4 e 7 anos e meio.

Esses assentos não têm encosto e são usados para que a criança fique na altura adequada para utilizar o cinto de segurança. Em duas lojas da rede PBKIDS visitadas pelo G1 nesta segunda-feira (7), eles estão em falta desde a semana passada. “Acabei de fazer o pedido, mas como está essa demanda... Acho que no fabricante está esgotado”, afirmou Paulo Aparecido da Silva, gerente da unidade que fica na Avenida Rebouças, na Zona Oeste de São Paulo. Segundo ele, a procura pelos produtos aumentou cerca de 30% nas últimas semanas. “No feriado prolongado, o pessoal procurou bastante”, disse.

O crescimento nas vendas também foi observado na unidade da rede no Morumbi Shopping, na Zona Sul. Segundo a gerente Edna Cayres Viana, a procura aumentou cerca de 80% na loja. Nesta segunda-feira (7), clientes telefonaram em busca do assento de elevação, em falta em várias lojas. “Todo mundo deixou para a última hora”, comentou. Ainda havia cadeirinhas e o chamado bebê conforto disponíveis nas duas unidades.

Na filial da rede “Cadê o nenê” da Rua Artur de Azevedo, na Zona Oeste, os assentos de elevação também acabaram na semana passada. “Está meio complicado porque o próprio fornecedor não esperava tanta demanda”, afirmou a gerente da loja, Cristina Gusmão Arantes Ribeiro. Ela fez uma lista dos clientes que procuram o produto para entrar em contato assim que os assentos chegarem. Cristina conta que as vendas de cadeirinhas triplicaram por causa da proximidade do início da fiscalização. Alguns modelos começaram a faltar.

Os assentos de elevação estão em falta em toda a rede das lojas “Alô Bebê”. A previsão é que o produto esteja disponível novamente na quinta-feira (10). “Hoje eu não tenho para vender porque acabou. E é difícil um produto esgotar [na rede]”, disse Marcelle Souza, gerente da unidade na Avenida Ibirapuera, na Zona Sul. A avaliação da rede é que houve falta do assento porque as vendas se concentraram nos últimos dias. Por causa da resolução, a procura cresceu cerca de 30%.

Com sede em Limeira, a 151 km da capital paulista, a fabricante de cadeirinhas Burigotto diz que se prepara há um ano para esse crescimento da demanda. A empresa contratou mais 200 funcionários, aumentou o turno de trabalho e dobrou a produção. A Chicco afirma que previa esse aumento da procura. Por isso, fez pedidos extras de importação – os produtos são fabricados na Europa. Segundo a empresa, houve redução no tempo entre a ordem de compra e a chegada ao país.

Dificuldades

A analista de sistema Selma Lopes Marçon, de 38 anos, encontra dificuldades para comprar uma cadeirinha adequada para a filha de 4 anos. “Não estamos encontrando, já fui a quatro lojas nos últimos dias”, afirmou. Ela conta que tem uma cadeirinha para a filha, mas procurava uma mais adequada e confortável.

O farmacêutico Wanderson Braga, de 25 anos, esteve em uma loja para comprar um bebê conforto para a filha de 6 meses. Ele afirma que não teve dificuldades para encontrar o produto. Braga precisava adquirir um equipamento para o transporte da menina, e a proximidade do início da fiscalização acelerou a compra. Ele acredita que a resolução é benéfica para as crianças. “Acho bom, porque é uma segurança a mais.”

Fiscalização

O uso dos equipamentos será obrigatório a partir desta quarta-feira (9) em todo o país, mas os policiais de São Paulo vão usar os primeiros três dias apenas para orientar. As multas - de R$ 191,54 e sete pontos na carteira - só vão começar a ser aplicadas no dia 12. Confira o equipamento adequado ao transporte de crianças, de acordo com a resolução 277 do Contran, de maio de 2008:

Até 1 ano: bebê conforto no banco de trás
De 1 a 4 anos: cadeirinha no banco de trás
De 4 a 7 anos e meio: assento de elevação, sem encosto, no banco de trás
De 7 anos e meio a 10 anos: banco de trás com cinto

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