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Seguro de crédito à exportação perde força

Fonte: Brasil Econômico

Depois da crise nos EUA, seguradoras voltam a colocar o pé no freio com Europa. Já o mercado interno tem boas perspectivas.

O mercado de seguro de crédito mundial vinha se recuperando da crise iniciada em 2008, que teve fortes efeitos negativos nos resultados das seguradoras em 2009, quando encontrou pelo caminho a atual crise nos países europeus.

E os negócios, particularmente no Velho Continente, continuarão sob pressão até 2011, segundo levantamento da Euler Hermes, empresa do grupo Allianz, uma das líderes em seguro de crédito no mundo. A seguradora publica o Global Insolvency Index, que mede o risco de falência em 35 países (veja tabela ao lado).

Seguro de crédito é uma proteção contra a inadimplência de recebíveis comerciais. Ele cobre as perdas que uma empresa produtora pode ter no caso de não receber o pagamento de uma venda feita. Ele é usado tanto para negócios feitos no mercado interno quanto externo.

Em um período de crise, em que a percepção de risco aumenta, a procura pelo seguro também aumenta, principalmente à exportação.

Mas, da mesma forma que o apetite por risco das empresas diminui, o mesmo ocorre com as seguradoras. "Do ponto de vista capacidade das seguradoras para absorver risco, há mais cautela, pois há a necessidade de se conter a sinistralidade", explica Daniel Nobre, diretor comercial da Cesce Brasil. Segundo ele, o mercado não se fecha, mas preserva a capacidade para proteger os atuais clientes, diminuindo o apetite para novos riscos.

"Em alguns casos, se reduz ou não se renova a cobertura."

E não é só o risco país que conta no momento da subscrição de risco por parte da seguradora. Há setores da economia em que existe mais restrição para aceitar o risco, por conta do histórico de inadimplência, explica Marcelo Elias, diretor de desenvolvimento de negócios da Marsh Brasil e infraestrutura na América Latina.

"Em termos de setores, há mais restrições para informática e agrícola. Já para países, África, Oriente Médio e, na América Latina, Argentina e Venezula", diz o diretor. Países em que as seguradoras já temuma exposição grande tambémhá péno freio.

Para Hércules Pascarelli, diretor financeiro da Coface do Brasil e da Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação, num primeiro momento a crise na Euro-

pa não impacta o mercado doméstico brasileiro e no que tange à seguro para a exportação não há restrições àqueles países.

Dois terços do mercado de seguiro de crédito no Brasil é voltado para os negócios domésticos.

E a outra parte para a exportação, o que faz sentido, já que as vendas externas respondem por 15% do PIB do país. A perspectiva é bastante positiva para o seguro de crédito doméstico.

A demanda tem voltado com a retomada da economia, principalmente no mercado de aço, automotivo, linhas brancas e marrons , diz Pascarelli.

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