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Empresas não podem repassar alta de seguros

Fonte: O Estado de São Paulo

A alta de custos nos seguros para o setor de petróleo é temida especialmente pelas empresas proprietárias de sondas com contratos de longo prazo com petroleiras. Isso porque os valores pagos pelas sondas são fixos ao longo dos contratos e não admitem, a princípio, o repasse da alta dos custos, diz um executivo do setor. "O contrato não reconhece situações desse tipo, a não ser que se ponha em risco a viabilidade econômico-financeira", diz uma fonte.

Há duas operadoras brasileiras de sondas de águas profundas, Queiroz Galvão Óleo e Gás e Odebrecht Óleo e Gás, ambas prestadoras de serviços da Petrobrás. O mercado é dominado por gigantes como as americanas Transocean (proprietária da Deepwater Horizon) e Pride.

As petroleiras, em geral, negociam apólices de maior porte, que cobrem todas as suas operações e têm mais liberdade para o repasse de custos. A Petrobrás fechou em março a renovação de suas apólices para o período de 12 meses seguintes, a um custo de R$ 49,6 milhões.

A perspectiva de alta das apólices surge como contraponto a um efeito positivo surgido no mercado no primeiro momento após o acidente: a disponibilidade de sondas de perfuração no mercado. O equipamento era encarado como um dos principais gargalos ao crescimento do setor, a ponto de motivar a Petrobrás a realizar uma megalicitação para a compra de até 28 unidades, mas a moratória de perfurações no Golfo do México mudou o cenário.

"O preço das sondas chegou a cair 20%, mas agora deve se manter por conta dessa questão do seguro", disse um executivo de petroleira. As apólices geralmente são renovadas todo ano, mas segundo fontes, as seguradoras estão preferindo fazer contratos menores à espera de uma noção melhor sobre os desdobramentos do vazamento no Golfo.

PARA LEMBRAR

EUA vivem a pior tragédia ambiental

Iniciado em 20 de abril após a explosão no poço Macondo, que estava sendo perfurado pela BP, o vazamento de petróleo no Golfo do México é a pior tragédia ambiental nos Estados Unidos. Autoridades estimam que até cinco milhões de barris tenham vazado, nos mais de três meses em que o poço ficou aberto - o pior vazamento até então, no poço Ixtoc 1, em águas mexicanas, despejo 3,3 milhões de barris. O vazamento foi contido há três semanas pela BP, que iniciou esta semana um procedimento para tentar vedar definitivamente o poço. Após a explosão do poço, a plataforma Deepwater Horizon afundou. Morreram no acidente 11 pessoas.

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