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HSBC diversifica oferta de fundos de previdência

Fonte: Brasil Econômico

Do tipo ciclo de vida, produto lançado mescla renda fixa e variável em função do horizonte da aposentadoria

Os fundos de previdência que mesclam, automaticamente, renda fixa e variável de acordo com o horizonte de aposentadoria - conhecidos como lifecycle funds - fisgaram mais uma instituição financeira. Depois da Icatu Hartford e Brasilprev, braço de previdência privada do Banco do Brasil (BB), agora é a vez do HSBC apostar no segmento.

"Entendemos que, por melhor e mais qualificada que seja nossa força de venda, não terá a abrangência necessária para atingir todos os correntistas e futuros clientes do banco. Então acabamos nos rendendo à proposta, desenvolvida pela área de gestão de recursos do banco", diz Edson Roberto de Lara, diretor do HSBC Seguros.

O HSBC Linha do Tempo é bem semelhante ao desenho dos concorrentes: quanto maior o prazo de resgate do benefício, maior a exposição em renda variável.

Conforme a data-alvo de se aproxima, a exposição em renda fixa é elevada.

Os novos fundos estão disponíveis em planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), para pessoa física e jurídica, e os horizontes de resgate são 2030 (para quem pretende se aposentar entre 2026 e 2035), 2040 (para quem quer se aposentar entre 2036 e 2045) e 2050 (para quem quer se aposentar entre 2045 e 2055).

"A única diferença entre o HSBC Linha do Tempo e o produto dos correntes é a flexibilização do percentual de renda variável para que o gestor tenha a liberdade de mudá-lo segundo o cenário macroeconômico", diz Gustavo Alves Lendimuth, gerente do HSBC Seguros.

Tarcísio Godoy, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), destaca a importância dos fundos lifecycle para o mercado de previdência privada.

"Atualmente, os investidores não procuram só preço,mas também valor. Então quando das empresas oferecem um produto com valor-e com preço acessível -, a tendência é que a procura por este segmento cresça", aponta.

Segundo Godoy, o produto vai se consolidar no mercado brasileiro, assim como se consolidou em economias maduras.

"Os fundos lifecycle são os mais adequados ao conceito de previdência. Ou seja, rentabilidade e segurança", ressalta o vice-presidente da entidade.

A Brasilprev foi uma das empresa que observaram a demanda pelos fundos Ciclo de Vida saltar consideravelmente. "Demoramos 27 meses para completar o primeiro bilhão em arrecadação e apenas oito meses para chegarmos ao segundo bilhão", conta Arizoly Rodrigues Pinto, superintendente comercial da Brasilprev.

Entre janeiro e julho, 27% dos recursos de novas vendas na Brasilprev foram direcionados aos fundos compostos. Destes, 59% foram destinados aos fundos Ciclo de Vida.

Contramão do mercado O Bradesco, líder de mercado, ainda não possui o produto em seu portfólio. "Não temos e não pretendemos lançar", afirma Marco Antônio Rossi, presidente da Bradesco Seguros e Previdência.

"Apostamos no trabalho de consultor. Dessa forma, a pessoa pode ser assessorada para escolher o melhor plano para o seu perfil. Ou seja, se estiver disposto a correr mais risco, alocamos em um plano com mais renda variável", explica.

De acordo com a Fenaprevi, o Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking de arrecadação no primeiro semestre, com 31,9% do total, seguido pela Brasilprev (20,07%) e Itaú Vida e Previdência (19,4%). Colaborou Ana Paula Ribeiro

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