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Ações suspeitas vão a R$ 2,1 bi

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

As carteiras de vida, automóvel e transportes de mercadorias são as mais visadas pelas quadrilhas especializadas em fraudar seguros no País. Em 2009, fraudes comprovadas nessas três carteiras levaram as seguradoras a negar o pagamento de R$ 198 milhões em sinistros, valor que correspondeu a 88% do total de R$ 230 milhões em indenizações solicitadas e recusadas no ano passado. A concentração nos três ramos foi ainda maior um ano antes, totalizando mais de 93% do total. Em comparação ao exercício anterior, houve incremento de 5,1% sobre as fraudes comprovadas de 2008.

Na verdade, a suspeita de ações fraudulentas em 2009 (incluindo as não-comprovadas) envolveu R$ 2,1 bilhões, 9,9% acima do total de 2008.

Os números constam da sétima edição do relatório Sistema de Quantificação da Fraude (SQF), levantamento anual feito pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), para atender à ação institucional da entidade de combater e quantificar a fraude. "Atuar na redução das fraudes é agir a favor do segurado", afirma o superintendentegeral da Central de Serviços da entidade, Julio Avellar.

Segundo ele, o SQF é uma tentativa de medir a ponta do iceberg em termos das fraudes, ou seja, o que é visível. "Sabemos que o invisível é bem maior. Além disso, a quantificação talvez não alcance toda a dimensão do abuso (que também é um crime), contra o qual devemos atuar, trilhando o caminho da educação e da disseminação da cultura do seguro", assinala.

DIMENSÃO. O levantamento indica que os valores negados em 2009 representaram apenas 1,2% do total dos sinistros avisados às seguradoras ao longo do exercício (R$ 18,9 bilhões) e a 0,7% das receitas (R$ 31,2 bilhões).

Os números são referentes às seguradoras que participaram da pesquisa, grupo que respondeu por 79% do faturamento total do mercado, pelo conceito de prêmios ganhos.

De acordo com Julio Avellar, "prevenir e combater a fraude são obrigações do segurador perante a sociedade e o Estado".

"Afinal - prossegue - a fraude contamina o preço do seguro, reduzindo a propensão a seu consumo". Iniciativas contra o dolo, para o executivo, também contribuem para o desenvolvimento do seguro.

O sétimo ciclo do Sistema de Quantificação da Fraude começou a ser encaminhado ao mercado esta semana e tem como propósito ajudar as empresas a avaliarem seus procedimentos de combate às fraudes, tendo em vista a radiografia feita pelo estudo, incluindo-se aí os ramos mais afetados por esse tipo de crime.

Prevenir e combater a fraude são obrigações do segurador perante a sociedade e o Estado.

Afinal, a fraude contamina o preço do seguro, reduzindo a propensão a seu consumo

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