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Chegou a hora de combater EFETIVAMENTE as Associações de Proteção Veicular

Fonte: CQCS - Artigo de Gustavo Dória - www.cqcs.com.br

Associações/Cooperativas de proteção veicular...

Há muito tempo não vejo um tema evoluir de maneira tão intensa no CQCS.

Parece até a época em que ajudamos a Susep a limpar o mercado de seguro garantia, fechando diversas Cias que operavam em carater irregular.

E este clamor generalizado me estimula a fazer um convite a reflexão através do texto que organizei, juntando o que li por aqui, o que acredito que esteja acontecendo e o que podemos fazer, na minha humilde opinião, para acabar com as anomalias que este tema nos apresenta.

Gostaria de iniciar deixando bem claro o que é natural e o que é anômalo.

É natural e inteligente que uma empresa petroquímica, com milhares de funcionários, faça um plano auto administrado de seguro saúde. Ela contrata um atuário para analisar a probabilidade de seus funcionarios precisarem de serviços médicos e projeta o quanto vai custar assumir o risco. Separa estes recursos, contrata ou cadastra médicos e hospitais e, se achar necessário, contrata um stop loss, tipo um resseguro, para as despesas que porventura fujam do padrão.

Já esta empresa passar a vender serviços de assistência a saúde para as pessoas que sejam parentes de 2o grau ou amigos dos seus funcianários, aproveitando a sua capacidade instalada para o plano de auto seguro é anômalo.

Pior... É ILEGAL!

Pouco importa que as ofertas de seguro saúde individual estejam desaparecendo do mercado. Isto não justifica infrigir a lei...

A empresa petroquímica do exemplo responde as leis relativas ao seu segmento.

Se os seus acionistas optarem por vender seguro saúde, vão ter que seguir as regras da ANS.

Se num condominio residencial os moradores resolvem fazer um churrasco com convidados, rachando as despesas no final da festa, é uma conduta sadia socialmente e não tem que dar satisfações a ninguem alem dos condôminos. Mas se começam a, semanalmente, distribuir panfletos no bairro e convidam, mediante pagamento, todos os cidadãos do bairro ou da cidade, terão que se enquadrar na lei, ter uma razão juridica, conseguir o alvará e se submeter a legislação da Anvisa.

Uma Associação de Bombeiros de determinado Estado da Federação oferecer aos seus associados a possibilidade deles compartilharem os riscos referentes aos seus automóveis é um exemplo inteligente, justo e legitimo de mutualismo.

Esta associação distribuir panfletos nas ruas oferecendo esta proteção (sic) aos consumidores em geral é ilegal. Se deseja vender garantia futura a consumidores em geral, tem que se submeter aos regulamentos previstos no Codigo Civill e de Defesa do Consumidor e dar as garantias para que este consumidor possa usufruir da proteção oferecida na hora da sua necessidade. O Código Civil limita a atividade de seguradora entidade para tal legalmente autorizada.

Ponto!

Outdoors, panfletos, flyers e todas as divulgações destes modelos de "proteção"(sic) são ilegais e devem ser banidos.

Por que isso é da nossa conta?

Não é um desrespeito a lei como este que vai acabar com a nossa industria.

Somos muito mais fortes, as nossas seguradoras mais seguras e nós, Corretores de Seguros, mais especializados e aptos a atender as necessidades de PROTEÇÃO dos nossos clientes.

Se analisar friamente irão ver que estas organizações, salvo algumas exceções, por enquanto, só conseguem atender aos riscos que tem dificuldade de colocação.

Vou me recusar a comentar os participantes da nossa comunidade que manifestam absurdos como "vamos montar as nossas associações(sic)/cooperativas(sic)!" ou " se não podem com eles junte-se a eles!".

Corretor de Seguros que se respeita e honra o seu compromisso com a sociedade não cogita participar de um procedimento ilegal.

Estamos, aqui no CQCS, seguindo a sugestão de um Colega e estamos fazendo uma serie de matérias trazendo a tona o que as nossas lideranças estão fazendo para combater esta situação.

Semana passada publicamos sobres as dezenas de ações empreendidas pela Fenacor e afiliadas.

E, no decorrer desta semana, estaremos publicando o que a Susep, os Sincor's e a Cnseg tem feito.

Voces vão ver que não foi pouco...

Então não há mais nada a fazer?

Absolutamente!

Eu acredito que se as dezenas de Corretores que se manifestaram, adicionados aos milhares que vem lendo o debate sem dar as suas opiniões, REALMENTE quiserem se mobilizar, a nossa chance de acabar com as anomalias é significativa.

Mas teremos que combater em diversas frentes, como a do desenvolvimento de produtos, de esclarecimento a sociedade e, na mais rápida e que depende muito de nós mesmos como demonstro abaixo:

1º - O RCF é uma proteção que facilita muito a venda destes "produtos"(sic). As cooperativas vendem cobertura para cascos e o consumidor compra o RCF de uma seguradora. Assim, seguradoras que ofecerem esta cobertura para estas organizações "heterodoxas" estão ajudando as cooperativas e, portando, ferindo a ética da relação com o corretor e com mercado e devem ser denunciadas ao Conselho de Ética da Federação. Alguém da nossa comunidade sabe de alguma Cia que esteja fornecendo este tipo de proteção ? Denuncie.

2º - Corretores habilitados vendendo os produtos desta entidades confundem a cabeça do consumidor e devem ter os seus registros cassados. Temos uma relação histórica de combate a má pratica junto a SUSEP e abro aqui mais um canal para denuncias privadas, DOCUMENTADAS. Se todos colaborarem, vai ficar mais fácil a sociedade perceber a diferença entre SEGURO e estes arremedos toscos;

3º - Os rastreadores são um alicerce importante na consolidação desta vertente. Será que não seria interessante disponibilizar uma listagem destes fornecedores?

4º - Assistência 24 horas igual a do seguro dá peso a operação, fazendo parecer que seguro e "proteção veicular" são a mesma coisa. Será que estes "produtos" tem esta cobertura? Quais empresas estão fornecendo? É importante saber e ponderar se elas merecem a parceria comercial com seguradoras.

5º - Oficinas Credenciadas que atendem seguradoras deveriam ter o cuidado de manterem os padrões de clientes. Será que temos alguma oficina atendendo simultaneamentes aos dois segmentos? Seria muito útil esta informação;

6º - Empresas de vistoria existem graças a nossa industria e tem que nos apoiar nesta luta. Existem prestadores destes serviços que estejam servindo aos arremedos de seguradora ?;

7º - Peritos não podem estimular o crescimento de um mercado paralelo de seguro e, se algum está prestando serviço para este "seguimento", seria valioso ter conhecimento;

8º- Cobertura de vidros não deve fazer parte destes supostos produtos. Mas se houver alguma empresa assistindo a esta comunidades, precisamos tomar conhecimento tambem.

Ufa!

Acho que se conseguirmos limitar o acesso a nossa tecnologia, mais especificamente ao RCF, rastreadores, a Corretores que prejudicam nosso mercado, a empresas de Assistência 24 horas, Oficinas Qualificadas, Vistoriadores de Qualidade, Liquidadores e Vidros, estes produtos ficarão bem distante daqueles que formalmente oferecemos aos nossos clientes.

Antes que os céticos me percebam como arrogante e/ou fanfarrão, informo que já fiz isto antes, com sucesso, e tomei o cuidado de contatar os presidentes da Fenseg, Jayme Garfinkel, da Fenacor, Robert Bittar, e o superintendente da Susep, Paulo dos Santos, que, alem de deixarem claro o apoio a toda e qualquer iniciativa neste sentido, demonstraram estar pessoalmente em consonancia com a nossa iniciativa.

Mas chegou a hora de tomarmos em nossas mãos, enquanto profissionais de proteção que garantem os sonhos e conquistas do nosso povo, o poder que todo cidadão tem de proteger a sociedade de práticas nefastas ao bem estar do mercado de seguros e, por conseqüência, da sociedade brasileira.

O CQCS se coloca mais uma vez a disposição para levar as denuncias adiante, seja publicando ou encaminhando a quem de direito.

Não aceitamos denuncias anônimas mas, para aqueles que por qualquer motivo queiram preservar a sua identidade, eu coloco o meu e-mail gustavo@cqcs.com.br para tratar com discrição o encaminhamento destes assuntos, preservando a sua identidade.

Colegas, chorar é facil, lutar é dificil, mas o mais importante em uma batalha não é se ganhou ou perdeu, mas se saiu da luta gostando mais ou menos de voce mesmo.

Eu estou aqui para fazer a minha parte.

E voce?

Pare!

Pense!

E denuncie!

Aquele abraço,

Gustavo

Obs- Calma! Vou falar também da necessidade de desenvolver produtos para este público e trabalhar para informar a sociedade da diferença entre NÓS E ELES! Aguardem!

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