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A classe C descobre a previdência

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

A classe C descobriu o caminho da previdência privada como poupança para a aposentadoria. Pesquisa da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) revela que 4% dos domicílios brasileiros com renda mensal entre 4 e 10 salários mínimos (R$ 2.040 e R$ 5.100) pretendem poupar para a aposentadoria.

Aumento da renda, chegada da nova classe média ao mercado de crédito, sobra de dinheiro no orçamento doméstico ao fim do mês. São ingredientes que permitiram nos últimos anos a popularização do produto em todas as classes sociais e regiões do país.

Os centros urbanos do Nordeste e Centro-Oeste são os que mais crescem no mercado, mas a cobertura domiciliar ainda é baixa, de apenas 2% e 3% dos domicílios, respectivamente.

Renato Russo, vice-presidente da Fenaprevi, diz que a pesquisa comprova a ascendência das classes sociais da base da pirâmide ao mercado de previdência privada.

Ele cita a chegada de 10 milhões de pessoas das classes C e D nos últimos cinco anos à classe média como fundamental para potencializar o acesso aos planos de previdência entre as famílias de maior renda e da nova classe C. "Temos outros dados que revelam que o maior potencial de crescimento ocorreu no Nordeste, onde houve grande movimentação da pirâmide social. Aconteceu na região uma revolução no consumo de bens duráveis, não duráveis e de serviços financeiros", avalia.

Embora a Região Nordeste tenha crescido em participação no mercado de previdência, a Região Sul é a campeã na contratação deste tipo de produto com 8% dos domicílios cobertos pelos planos de previdência aberta. Além disso, os sulistas são os que destinam o maior tíquete anual de contribuição de R$ 1.353, superior a média nacional de R$ 1.167. No CentroOeste, região que mais cresce economicamente no país nos últimos anos, apenas 3% das residências têm um plano contratado. Mas a região tem uma contribuição média de R$ 1.346 ao ano, volume 15% superior à média do país.

A pesquisa divulgada pela Fenaprevi foi feita pela Kantar Worldpanel, considerada a maior empresa global de pesquisa de domicílios do mundo. O estudo mostra que hoje os investimentos em previdência são maiores no segmento de indivíduos entre 40 e 49 anos. Nesta faixa etária, as pessoas contribuem com R$ 1.270 por ano para formação de poupança para a aposentadoria. Os segundos colocados no ranking de aportes com contribuições 2% superior à média do país são os brasileiros na faixa etária de 50 anos ou mais. Os mais jovens, entre 29 e 39 anos são os que poupam menos para a aposentadoria com contribuições que ficam entre R$ 1.080 e R$ 1.074.

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