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Terremoto já custa R$ 5 bilhões à Nova Zelândia

Fonte: Folha.com

Os danos causados pelo terremoto de magnitude 7,1 que atingiu a Nova Zelândia no último sábado (4) chegaram a 4 bilhões de dólares neozelandeses (aproximadamente R$ 5 bilhões), segundo balanço das autoridades.

O ministro neozelandês do Tesouro, John Whitehead, afirmou que a quantia bilionária inclui "os custos para as autoridades, cidadãos, empresários e companhias seguradoras", segundo a edição digital do jornal "The New Zealand Herald".

Na noite desta terça-feira, as autoridades da cidade de Christchurch, a maior da ilha do sul, com 380 mil habitantes, prorrogaram por mais sete dias o estado de emergência, após um novo terremoto ter cortado a energia e fechado a principal estrada da região.

O prefeito de Christchurch, Bob Parker, explicou que os danos causados pelo terremoto são mais graves que o imaginado anteriormente. O centro da cidade continua isolado por dezenas de homens do Exército. "À medida que se descobre o desastre, vamos vendo áreas muito mais afetadas do que pensávamos. De fato, os danos são muito maiores do que pensávamos", disse à imprensa local.

Autoridades calculam que os danos, só em imóveis, passarão de 2 bilhões de dólares neozelandeses (cerca de R$ 2,5 bilhões).

O tremor de magnitude 7 aconteceu durante a madrugada do sábado passado, a 28,4 quilômetros de profundidade, com epicentro no mar, 31 quilômetros ao noroeste de Christchurch.

Foi o tremor mais destrutivo na Nova Zelândia desde 1931, com estimativas de que 100 mil das 160 mil casas da região tenham sido danificadas. Uma pessoa morreu, vítima de um ataque ao coração, e dezenas ficaram feridas, duas em estado grave.

Desde o fim de semana, diversas réplicas do terremoto atingiram a região, causando danos nas estruturas e deixando a população em pânico. Já houve cerca de 135 tremores acima da magnitude 3, incluindo dois de 5,4 desde sábado, e o maior terremoto ainda pode estar por vir.

A magnitude do último tremor foi de 5,1, mas cientistas disseram que foi mais sentido por ser mais raso e no centro da cidade. "Haverá novos terremotos por meses, mas a frequência e a magnitude irão diminuir com o tempo", disse Jennifer Coppola, cientista da agência de ciência financiada com recursos públicos GNS.

Parker disse que cada tremor atrasa os planos da cidade de retomar o curso normal. "Estamos conseguindo progresso aos poucos, mas estamos em uma situação bastante imprevisível", disse à rádio Nova Zelândia.

A Nova Zelândia, que está na falha entre as placas tectônicas do Pacífico e da Oceania, sofre cerca de 14 mil terremotos por ano. A maioria é de baixa intensidade, mas entre 100 e 150 têm magnitude suficiente para serem percebidos.

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