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Seguradora Liberty lança apólice para emissão de ações

Fonte: Brasil Econômico

Produto cobre empresa, diretores e acionista controlador de demandas de órgãos reguladores e minoritários

Com quase dois anos de atuação no Brasil, a divisão de riscos especiais da Liberty Seguros, a Liberty Internacional Underwriters (LIU), está reforçando sua prateleira de produtos financeiros. A seguradora irá lançar a apólice de oferta pública de valores, chamada Posi (sigla em inglês para Public Offering Securities Insurance), de olho nos IPOs que estão por vir.

"O mercado acionário brasileiro está crescendo, companhias estão estudando se tornarem públicas, e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) está aumentando a regulação, o que gera maior demanda tanto para o seguro de oferta pública de ações quanto de D&O (seguro de responsabilidade para administradores), diz Trevor Howard, vice-presidente de Responsabilidade de Executivos da LIU para os Estados Unidos e América Latina, que esteve em passagem pelo Brasil semana passada.

Para se ter uma ideia do potencial dessa apólice, os planos da BM&FBovespa são o de aumentar em 50% o número de empresas listadas em cinco anos, o equivalente a 200 novas companhias.

Já popularizado nos Estados Unidos, o Posi cobre a companhia emissora das ações, os diretores e conselheiros, o acionista vendedor e o controlador de demandas de acionistas ou órgãos regulatórios em função de informações prestadas durante a oferta - seja no prospecto, nos documentos atrelados a ele ou no road show. Até então, apenas Zurich e Ace ofereciam esse tipo de seguro no Brasil.
Seguro-fidelidade e E&O

Outra cobertura que a Liberty está trazendo para a operação brasileira é o chamado seguro de fidelidade, que cobre as companhias por prejuízos que venham a sofrer em consequência de roubo, furto ou apropriação indébita cometidos por seus empregados. Além disso, também ampliará o portfólio de E&O, seguro de erro e omissão de profissionais, com coberturas específicas para engenheiros e arquitetos. "As obras por conta de Copa e Olimpíada aumentarão o número de contratos que demandam essa cobertura", diz Renato Rodrigues, diretor de Linhas Financeiras da LIU no Brasil.

Oportunidade fora dos EUA

Segundo Howard, o mercado americano tem bastante capacidade disponível e as seguradoras de lá estão à procura de mercados que estão crescendo, como o Brasil, onde a oportunidade para seguros financeiros é grande. "Há muita capacidade nos Estados Unidos, mas o mercado já é muito segurado e há muita competição, não há muita oportunidade para crescer", explica Howard. No Brasil, a LIU disponibiliza capacidade de US$ 25 milhões por risco.

D&O
Perdas com seguro para responsabilidade de executivos cresceram nos EUA com a crise

Desde 2008, a indústria de seguros dos Estados Unidos já pagou indenizações entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões em sinistros de D&O (seguro de responsabilidade civil para administradores de empresas) e E&O (apólice de erros e omissões de profissionais), estima Trevor Howard, vice-presidente de Responsabilidade de Executivos da Liberty International Underwriters (LIU) para os Estados Unidos e América Latina. "Em apenas 15 casos de D&O, a perda é de aproximadamente US$ 1,7 bilhão", diz Howard. "Foi a pior crise desde a Grande Depressão." Ele lembra que nos Estados Unidos quase todas as empresas possuem o seguro de responsabilidade para os seus executivos e que, no setor financeiro, ele está sendo bastante demandado, com a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro americano, modificando a regulação sobre serviços financeiros. No Brasil, além das empresas de capital aberto, um segmento que tem começado a contratar D&O são entidades sem fins lucrativos, cujos conselheiros estão expostos a demandas de empregados da entidade, órgãos do governo e sociedade, diz Renato Rodrigues, diretor Linhas Financeiras da LIU no Brasil

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