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Futuro do ramo de pessoas passa pela Internet e pela Geração Y

Fonte: MidiaSeg

Para atingir todo o seu potencial de expansão, mercado de seguros investe na conquista do consumidor do futuro, preparando-se para a oferta de seguros por meio das redes sociais, da Internet e do celular. Outra iniciativa será criar novos produtos de vida, com longa duração, e serviços para outra faixa da população, igualmente de grande potencial, que são os mais longevos.

A proliferação das redes sociais, como You Tube, Facebook, Orkut, Twitter e outras, está ajudando a quebrar alguns paradigmas no setor de seguros. Um deles era a convicção quase unânime de que os produtos de seguro não poderiam ser vendidos pela Internet, devido à sua complexidade. Entretanto, esses canais e outros ainda mais disseminados entre a população, como o celular, por exemplo, são vistos por especialistas como o caminho natural na expansão do seguro, especialmente do ramo de pessoas.

Isso porque, o consumidor do futuro - aquele que o mercado de seguros precisa conquistar para atingir seu potencial de crescimento -, é usuário das redes sociais e de vários outros recursos tecnológicos. Para quem não sabe, esse consumidor pertence à Geração Y, formada por indivíduos nascidos em plena era da Internet e que têm opiniões e necessidades distintas da geração anterior, a Geração X.

"O mercado tem estudado a Geração Y", garante Samy Hazan, superintendente de Planejamento e Seguro de Pessoas da Marítima Seguros. Durante o "III Workshop Seg News - Seguro de Pessoas", realizado na última quarta-feira, 27 de outubro, em São Paulo (SP), Hazan informou que as primeiras conclusões desses estudos em relação aos indivíduos da Geração Y é que eles são mais ansiosos, fazem várias coisas ao mesmo tempo, querem ser ouvidos e usam com freqüência as redes sociais e a Internet.

Para Hazan, é fato que a Internet será, em breve, um dos canais de distribuição do seguro. Segundo ele, já se tem notícia de alguns seguros vendidos por esse canal, caso do seguro de viagem, de notebook e de acidentes pessoais. Porém, ele frisa que todos foram comercializados por corretores de seguros. "A Internet não vai tirar o trabalho do corretor, até porque, pesquisas recentes indicam a preferência do consumidor pelo corretor. Por isso, esses canais vêm para apoiar o serviço do corretor, como forma de interação e transação com a seguradora", diz.

Sobre o uso do celular como canal de venda de seguros, o superintendente da Marítima revela que muitas seguradoras já estão preparadas para essa investida. "Em 2011 ou, no máximo, em 2012, os clientes poderão realizar todo tipo de transação de seguro pelo celular, como a contratação, pagamento do prêmio e até reclamação do sinistro", prevê. Para Hazan, a tendência é que todas as mídias se complementem na oferta de seguros, já que o novo consumidor de seguros é usuários de todas elas.

Novos produtos e serviços

Mas, se o futuro do ramo de pessoas passa pela Internet e pela Geração Y, há uma questão fundamental que precisa ser resolvida no presente. Trata-se do desenvolvimento de novos produtos, mais adequado à realidade atual e aos consumidores do futuro. O seguro de vida individual, por exemplo, precisa se modernizar, de acordo com especialistas, para atingir potencial semelhante ao de outros países mais desenvolvidos. Para Hazan, o problema é que os produtos de vida individual são de curto prazo e vigência anual, desmotivando os corretores a vendê-los. "A evolução desse seguro são os produtos vitalícios, que não têm renovação e regras de cobertura", afirma.

Nessa tarefa de desenvolver novos produtos e serviços o setor de seguros pode contar com a ajuda das resseguradoras estrangeiras, diz Ronald Kaufmann, diretor da Scor Global Life Brasil, que também participou do Workshop Seg News. Aliás, segundo ele, essas empresas podem oferecer muito mais. "O mercado de resseguros está atento e fazendo o que mais sabe, que é prover capital e conhecimentos", afirma. Para Kaufmann, o grande desafio futuro é a longevidade, devido ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros e da qualidade de vida também. "Na medida em que o Estado não poderá prover todos os meios para a manutenção do bem estar dessa população mais longeva, então caberá ao próprio cidadão encontrar recursos para manter seu padrão de vida", diz.

De acordo com Kaufmann, a Scor dispõe de produtos e serviços que podem atender desde já a demanda por novos produtos no ramo de pessoas. Um desses serviços é o teleunderwriting, que é a subscrição de risco por meio de entrevistas telefônicas, realizadas por profissionais especializados e treinados. Entre os produtos da linha do Long Term Care, um deles trazido ao Brasil pela Scor foi batizado como "Dependência de Longo Prazo", e foca justamente na população mais idosa. "Esse produto prevê uma renda no caso de a pessoa perder as condições de realizar tarefas simples, como banhar-se ou vestir-se", explica.

O coordenador do evento, Rafael Ribeiro Valle, diretor de Comunicação da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP), acredita que os novos canais de distribuição e os novos produtos serão imprescindíveis para o crescimento do ramo de pessoas. "O seguro de pessoas está crescendo 17% ao ano, acima do mercado, e já representa 57% de todo o volume arrecadado no seguro em todo o mundo", diz.

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