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Seguradoras investem US$ 23 trilhões

Fonte: Blog Seguros S/A - http://vocesa.abril.com.br/blog/seguro-sa/

por Denise Bueno

O mercado de seguros é um dos que mais tem buscado profissionais para cargos de gerentes. Pudera. Cresce a uma taxa de dois dígitos há mais de dez anos e tudo indica que continuará nesse ritmo nos próximos anos. Enquanto mundialmente as vendas de seguros e previdência chegam a US$ 4 trilhões, no Brasil este valor deverá apenas ultrapassar os US$ 50 bilhões. Como tudo no país, o setor demorou a evoluir, mas agora avança a passos de gigante. E ainda conta dois eventos esportivos, Copa e Olimpíadas, que trarão um faturamento extra. A previsão é de que as vendas do setor irão dobrar até 2016, ano dos Jogos Panamericanos no Brasil.

Para quem tem interesse em atuar neste segmento, que traz sustentabilidade à economia ao ofertar proteção a diversos tipos de riscos que podem levar a falência países, empresas e famílias, aqui vai um pouco sobre um dos desafios enfrentados mundialmente. Segundo estudo divulgado pela Swiss Re, empresa que vende seguro para as seguradoras podem assumir cada vez mais riscos, o desempenho dos investimentos transformou-se na principal preocupação de muitas seguradoras.

As seguradoras investem cerca de US$ 23 trilhões em todo o mundo. Isso mesmo. Trilhões, o que faz delas o terceiro maior investidor institucional do planeta. No Brasil, a carteira de investimentos se aproxima de R$ 250 bilhões. As seguradoras são superadas pelos fundos de pensão e pelos fundos mútuos, com alguns poucos bilhões a mais, sem ultrapassar US$ 25 bilhões cada um deles. O estudo “Investimentos de seguros em um ambiente global desafiador” alerta que, combinado com padrões regulamentares mais rígidos, um ambiente de rendimentos baixos poderia prejudicar o retorno dos investimentos das seguradoras, levando a lucros mais baixos para o setor e a prêmios mais elevados para os segurados.

Ou seja, a tendência é de que o seguro vai aumentar de preço. Isso também explica porque tantos investidores estão vindo para o Brasil, um país que tem uma das maiores taxas de juros do mundo para remunerar investimentos. No entanto, é preciso saber onde colocar o dinheiro, ainda mais quando ele pertence a terceiros, como é o caso de seguros e previdência.

Em seguros o compromisso é pagar uma indenização na ocorrência de um acidente,. Esse segmento responde por US$ 4 trilhões das aplicações financeiras. Já a previdência conta com a maior fatia, de US$ 19 trilhões, por acumular as reservas para a aposentadoria da população que busca no setor privado um complemento aos benefícios concedidos pelos governos.

As seguradoras tendem a investir de forma conservadora. David Laster, um dos autores do novo estudo sigma, comenta: “As empresas dos segmentos vida e não vida mantêm a maior parte de seus ativos em obrigações públicas e em obrigações privadas com elevada classificação de crédito. As empresas do segmento não vida detêm proporcionalmente mais recursos em caixa e ações, enquanto as do ramo vida possuem mais empréstimos e instrumentos de renda fixa e menos liquidez.”

A crise financeira criou um ambiente novo e desafiador para os gestores de investimentos das seguradoras para fazerem frente as obrigações assumidas. Em razão da crise, os rendimentos dos títulos públicos atingiram níveis historicamente baixos, que poderão persistir até que a economia global realmente se recupere. O grande desafio está em achar boas oportunidades de investimentos, que combinem boa rentabilidade e baixo risco. Segundo os executivos de private equity e venture capital que entrevistei recentemente, o Brasil está cheio de pequenas e medias empresas com grande potencial.

Eis aqui uma boa oportunidade para fazer carreira na indústria de seguros: gerenciar risco e retorno.

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