Breaking News

Seguro eleva no lucro dos bancos

Fonte: Brasil Econômico

Concorrência promete se acirrar, investidores estrangeiros olho no mercado nacional

O negócio de seguros tem ganhado cada vez mais importância dentro da estratégia dos grandes bancos. Um, porque é um bom produto para aumentar o relacionamento e fidelizar o cliente. Dois, é um mercado que tem grande potencial de crescimento com o ciclo econômico positivo. Três, é um negócio com fluxo de caixa constante.

O Bradesco é o banco em que a seguradora tem a maior participação no lucro da instituição, que fica em torno de 30%. No terceiro trimestre, o lucro líquido da Bradesco Seguros e Previdência foi de R$ 721 milhões, 29% dos R$ 2,52 bilhões de resultado do banco. ?Para o Bradesco seguros é um produto forte, não é secundário, por isso ele não abre mão do controle, como o Itaú fez na parceria com a Porto Seguro?, avalia Luis Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating.

Ele lembra que o banco tem forte vocação para o varejo e usa muito bem a estratégia de bancarização para a distribuição de seguros, com foco em baixa renda. Apesar da regulamentação sobre os microseguros ainda não ter saido, o banco já lançou alguns produtos para esse público, como o seguro residencial para os moradores do Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro.

Quem parece que pretende seguir os passos do Bradesco e aumentar a participação de seguros no resultado é o Banco do Brasil. Quando finalizou a reestruturação que fez na área em meados deste ano anunciou que queria aumentar a participação de seguros dos atuais 13% do ganho de toda a instituição financeira para 24% até 2012. O BB atua por meio de Joint Ventures, tendo parcerias com Mapfre, Principal e Icatu.

Já o Itaú Unibanco tem forte atuação no segmento de grandes riscos empresariais. No terceiro trimestre, o lucro da operação de seguros, previdência e capitalização foi de R$ 399 milhões, 13% dos R$ 3,03 bilhões do lucro líquido total. Santander e HSBC têm operações menores de seguros, com foco na distribuição e relacionamento com o próprio cliente do banco.

Segundo Ilnort Rueda Saldívar, diretor da prática de serviços financeiros da consultoria AT Kearney, por conta do potencial, o setor tem atraído a atenção de estrangeiros. "Temos recebido consulta de empresas que querem entrar no setor no Brasil, de companhias que já atuam aqui e querem entrar em novas linhas e de investidores que querem comprar uma participação financeira em alguma seguradora", diz.

Nenhum comentário

Escreva aqui seu comentario