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Seguro para grandes riscos atrai gigantes globais ao País

Fonte: O Estado de São Paulo

Com o aquecimento da economia e o aumento da renda da população, o mercado de seguros deve crescer 17% este ano. A maior aposta do mercado está na área de grandes riscos, por conta das obras de infraestrutura previstas até 2016, por conta da Copa do Mundo e da Olimpíada. Somente o mercado de seguro garantia deve dobrar de tamanho este ano e movimentar o recorde de R$ 1,4 bilhão em prêmios, prevê a seguradora alemã Allianz. Este seguro garante que uma obra vai ser construída dentro do prazo previsto em contrato.

A área de seguros tem atraído novos participantes, especialmente para operar com seguros para projetos de infraestrutura. Em julho, começou a funcionar a seguradora Austral, formada por um grupo de ex-sócios do Banco Pactual. O Banco Fator também resolveu apostar no segmento e criou uma seguradora específica para garantias. O grupo canadense FairFax resolveu entrar no Brasil para operar na área e montou operações em São Paulo. A Chartis (ex-AIG) está reforçando sua estrutura no Brasil, com contratação de novos executivos e abertura de escritório no Rio.

Até o Banco Mundial resolveu investir no mercado no Brasil. Por meio de seu braço financeiro, o International Finance Corporation (IFC), o banco fará um aporte na seguradora UBF, focada no seguro garantia e que estava precisando de capital para atuar no setor. O investimento, de US$ 40 milhões, está sendo feito em conjunto com a Swiss Re, maior resseguradora do mundo.

Todos eles estão interessados em um mercado que vem crescendo acima de 50% ao ano há vários anos. Em 2000, o seguro garantia movimentou apenas R$ 30 milhões em prêmios. Em dez anos, o crescimento foi de 23 vezes, segundo levantamento do consultor Luiz Roberto Castiglione. No ano passado, os prêmios somaram R$ 700 milhões. Com a entrada dos novos grupo, há 22 seguradoras atuando com o seguro garantia. Em maio, foi fechada uma das maiores apólices da área no mundo, as garantias para a construção da usina de Belo Monte. As seguradoras, lideradas por JMalucelli e Fator Seguradora, deram garantias totais de R$ 1,05 bilhão ao governo brasileiro.

Com as projeções de que serão feitos investimentos de mais de R$ 200 bilhões em infraestrutura no Brasil nos próximos anos, a demanda por cobertura de garantia se acelerou ainda mais. O governo chegou a pensar em montar uma seguradora estatal para cuidar da área. Mas com o pressão das seguradoras privadas, o governo desistiu de criar a empresa e passou a considerar abrir uma agência para o segmento.

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