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Setor prevê encerrar o ano com captação de R$ 45 bi

Fonte: Valor Econômico

Previdência Aberta: Planos PGBL, VGBL e tradicionais arrecadaram R$ 30,9 bi entre janeiro e setembro.

O setor de fundos de previdência privada aberta - PGBL, VGBL e carteiras tradicionais - deve encerrar o ano com captação bruta (sem descontar os resgates) de cerca de R$ 45 bilhões, um crescimento de 16,27% em relação ao resultado de 2009, quando houve arrecadação de R$ 38,7 bilhões. A previsão é de Renato Russo, presidente da Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi). Trabalhamos com um ritmo de crescimento ao redor de 15%, que pode ser sustentado também ao longo dos próximos anos, diz Russo.

Como entre janeiro e setembro deste ano os planos de previdência aberta receberam R$ 30,9 bilhões, o setor teria que captar perto de R$ 14,1 bilhões neste quarto trimestre para que a previsão da Fenaprevi se concretize. Russo lembra que, tradicionalmente, os últimos meses do ano são de forte arrecadação dos planos de previdência, sobretudo dos PGBLs, que permitem ao investidor que declara o imposto de renda (IR) pelo modelo completo abater 12% da renda bruta tributável. Só em dezembro a arrecadação deve atingir uns R$ 7 bilhões, afirma Russo.

O executivo destaca que, após um primeiro semestre moroso, os planos reagiram a partir de julho, o que alimenta as expectativas de um fim de ano positivo. No terceiro trimestre, os planos arrecadaram R$ 11,1 bilhões, crescimento de 16,34% em relação a igual período do ano passado.

Mais uma vez, o destaque do ano foram os planos VGBL, indicados para quem não declara o IR pelo modelo completo. Essas carteiras captaram R$ 8,9 bilhões, alta de 18,13% em relação ao ano passado, quando amealharam R$ 7,5 bilhões. Já os PGBLs captaram R$ 1,3 bilhão, alta de 16,09% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. Os planos tradicionais receberam R$ 768,8 milhões, uma queda de 0,63%.

Os números da Fenaprevi mostram que os planos individuais cresceram 24,55% ante o terceiro trimestre do ano passado, com arrecadação de R$ 2,8 bilhões. Os planos corporativos receberam R$ 1,2 bilhão no período, e os planos para menores, R$ 350 milhões.

A carteira de investimentos - que corresponde aos ativos que garantem as provisões técnicas - do mercado de previdência complementar cresceu 22,29% no terceiro trimestre ante igual período do ano passado. Com isso, a carteira do setor atingiu R$ 209,1 bilhões.

Russo ressalta que a carteira da previdência passa a representar uma parcela cada vez mais significativa do Produto Interno Bruto (PIB), contribuindo para a formação de poupança de longo prazo, uma carência do país. O incentivo da tabela regressiva de IR estimula a permanência dos recursos nos planos por mais tempo, diz.

A Fenaprevi trabalha com um avanço ainda mais forte dos planos de previdência aberta nas classes C e D a partir do próximo ano para impulsionar a arrecadação do setor. Russo diz também que está em negociação com os reguladores para a criação do VGBL especial para educação e saúde. Nesses casos, o investidor sacar os recursos após o período de acumulação sem pagar imposto de renda desde que utilizasse o dinheiro para pagar prestações de universidades ou de planos de saúde. Hoje, há planos para educação dos filhos, mas com a tributação tradicional, diz. Isso incentivaria ainda mais a poupança de longo prazo.

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