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AIG planeja emitir títulos pela 1a vez desde 2008

Fonte: Valor Econômico

Analistas veem volta da confiança do mercado na seguradora

O American International Group (AIG) pretende vender títulos, na primeira oferta da seguradora desde seu resgate pelo governo, dois anos atrás.

A AIG poderá emitir notas com vencimento em janeiro de 2014 e dezembro de 2020, segundo uma pessoa familiarizada com o lançamento, que preferiu não se identificar porque os termos não foram fixados. A receita apurada com a venda será usada para propósitos corporativos gerais, disse a companhia com sede em Nova York, ontem, num comunicado ao órgão regulador, que não detalhou o momento certo ou os vencimentos da transação.

"Os mercados têm confiança crescente na capacidade da AIG de servir a dívida regularmente e, por conseguinte, na sua viabilidade na condição de organização sustentável", disse Clark Troy, analista sênior situado em Chapel Hill, North Carolina, da firma de análise Aite Group.

O executivo-chefe Robert Benmosche procura explorar o mercado de títulos corporativos, à medida que as emissões despencam, em meio a preocupações de que os infortúnios do endividamento da Irlanda se espalhem pela Europa e desacelerem a economia global. Apesar de o custo para proteger os títulos da AIG do calote tenham caído neste ano, ele aumentou nesse mês.

Benmosche anunciou em 30 de setembro um plano para reembolsar os contribuintes e reconquistar a independência da firma.

A AIG espera quitar uma linha de crédito do banco central do país com o produto das vendas de ativos e converter a participação de US$ 49,1 bilhões do departamento do Tesouro numa ação ordinária até o fim de março, para vendas no mercado livre.

A seguradora precisa obter notas independentes de classificação de investimento para executar o seu plano, que depende da venda de títulos e ações para investidores privados à medida que o governo retira seu apoio. A AIG receberá um anteparo de US$ 2 bilhões do Tesouro para aportes de emergência até março de 2012, ou até que a seguradora venda pelo menos US$ 2 bilhões em participação acionária.

Os swaps de crédito de cinco anos vinculados à AIG registraram queda, de 581 pontos-base em 31 de dezembro, para 245 pontos-base ontem, segundo a provedora de dados CMA. Os contratos, que normalmente aumentam à medida que deteriora a confiança do investidor, escalaram, do nível de 211, no fim do mês passado.

Em agosto de 2008, a AIG levantou US$ 3,25 bilhões na sua última venda de títulos corporativos, segundo informações compiladas pela Bloomberg. A seguradora vendeu nota sênior sem garantia de 10 anos a 8,25%, numa emissão privada que fixou o preço ao par para render 432,8 pontos-base mais que títulos do Tesouro com vencimento similar, como demonstram os dados da Bloomberg. Um ponto-base representa 0,01 ponto percentual.

A AIG se concentrará em cobertura de sinistros de ramos elementares globais e seguro de vida nos EUA, depois de vender suas duas maiores unidades de seguro de vida no estrangeiro, AIA Group e American Life Insurance.

A AIG se desfez em outubro de uma participação de 67% na AIA por US$ 20,5 bilhões, na maior oferta pública de Hong Kong. A MetLife pagou US$ 16,2 bilhões pela Alico em 1o de novembro.

O lucro da AIG para o terceiro trimestre proveniente de operações de seguro prolongadas aumentou 6,4%, para US$ 2,05 bilhões.

A seguradora fez "enorme progresso" na sua reestruturação e despontará do controle governamental classificada entre as maiores seguradoras do mundo, disse Benmosche, em 5 de novembro.

As ações da AIG tiveram alta de 37%. A companhia registrou perda de US$ 0,41, para US$ 41,12, no meio da manhã de ontem, no índice composto da Bolsa de Valores de Nova York. A seguradora, que já foi a maior do mundo, foi resgatada pela primeira vez em setembro de 2008 pelo banco central.

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