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Corretoras ganham raio X de seu perfil

Fonte: Brasil Econômico

Levantamento irá ajudar seguradoras a definir estratégias voltadas ao segmento, que é o maior canal de distribuição de seguros

A recente onda de consolidação pela qual o mercado de seguradoras passou deixou clara a importância dos corretores na estratégia das companhias. Nada mais natural, já que eles são o maior canal de distribuição de apólices. Muito se falou, por exemplo, que um dos fatores que levou o Banco do Brasil a escolher a Mapfre como parceira em suas principais linhas de negócios de seguros foi a base de corretores cadastrados que a seguradora espanhola possui.

Apesar disso, o mercado de corretoras de seguros é muito pouco conhecido, o que dificulta a elaboração de ações por parte das seguradoras para atingir esse público. Pensando nisso, o Sindicato dos Corretores de Seguros e Resseguros no Estado de São Paulo (Sincor SP) encomendou da consultoria Rating de Seguros o estudo "Perfil das Empresas Corretoras de estudos". "A ideia é olhar o setor de forma mais macro", conta Mário Sérgio de Almeida Santos, presidente do Sincor-SP.

O estudo teve como base de dados um questionário de 16 questões encaminhado para todas as empresas corretoras sediadas no estado de São Paulo.

Responderam ao levantamento 1.121 corretoras, das quais 533 sediadas na capital e 588 no interior do Estado.

Um dos resultados que mais surpreendeu foi a idade média das corretoras, de 12 anos, o que mostra solidez do setor, avalia o economista Francisco Galiza, sócio da Rating de Seguros Consultoria.

"É um sinal de experiência no segmento", diz. Da amostra, 40% das corretoras têm entre 10 a 20 anos de existência, 20% entre cinco e 10 anos e 16% acima de 20 anos (veja mais no quadro ao lado).

Faturamento A maioria das corretoras (41%) tem faturamento com taxa de corretagem de até R$ 120 mil por ano. E grande parte dessa receita vem das apólices de automóveis, que respondem por 58% do faturamento, seguida por ramos elementares (16%), que engloba tudo o que não é vida e automóveis, como seguro residencial e patrimonial.

Diferenças Galiza observa que existem diferenças marcantes quando se compara o mix de receitas das corretoras do interior com as da capital. Enquanto no interior a carteira de automóveis tem maior participação no perfil da receita (66% contra 55%), o segmento de seguro saúde tem maior representatividade na carteira das corretoras da capital (12% contra 5%). No interior, 67% das corretoras não têm nenhum negócio com seguro- saúde. "Está aí um desafio para as seguradora: colocar esse produto no interior", afirma Galiza.

Outro ponto que surpreendeu foi o grau de renovação de sua carteira, acima de 90% para 60% das corretoras. "Entre as seguradoras, mesmo surgindo novos canais como o varejo e a internet, os corretores são apontados como o canal de distribuição que mais vai crescer", comenta Galiza.

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