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Allianz vence disputa e fica com seguro de engenharia de Angra 3 por R$167 mi

Fonte: Brasil Econômico / Thais Folego

Seguradora venceu licitação por apresentar valor mais baixo; apólice inclui riscos dos equipamentos armazenados

Allianz será a responsável pelo seguro de riscos de engenharia de Angra 3. A apólice dará cobertura para possíveis perdas e danos que possam ocorrer durate a construção da Unidade 3 da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, nome do conjunto das três usinas localizadas no Rio de Janeiro.

A seguradora venceu o processo de licitação por apresentar o menor preço: R$ 167 milhões, segundo o Diário Oficial.

A taxa usada para a composição do preço do seguro foi de 1,2112% do valor da obra.

A apólice também cobre o risco dos equipamentos que estão armazenados há anos e serão usados no empreendimento.

Para essa cobertura, a taxa usada foi de 0,25% do valor do maquinário armazenado.

Apesar do contrato só ser firmado agora, a apólice tem vigência retroativa, começando a valer desde o início da construção, em meados do ano passado.

Dessa forma, a validade da apólice é do dia primeiro de junho de 2010 até primeiro de dezembro de 2015.

"Quando o seguro é contratado depois do início das obras, as seguradoras e resseguradoras aceitam o risco se a obra estiver menos de 25% do seu valor construído", explica Clemens Freitag, diretor responsável pela área de Infraestrutura da corretora Aon. Procurado para dar mais detalhes sobre a apólice, o executivo que cuida da área na Allianz estava de férias.

Mercado O segmento de seguro de engenharia é um dos que irá se beneficiar dos muitos projetos de infraestrutura que estão previstos para os próximos anos. No ano passado, porém, o faturamento deve ficar praticamente estável se comparado ao do ano anterior. "Em 2009, aconteceram obras importantes, como as das usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, que aumentaram bastante o faturamento em prêmios de seguro de engenharia", avalia Freitag, diretor da Aon.

De acordo com os últimos dados disponíveis da Superintendência de Seguros Privados (Susep), de janeiro a novembro de 2010 os seguros de engenharia faturaram R$ 413,3 milhões em prêmios. Em 200 9, foram R$ 535,3 milhões (veja mais na tabela acima).

Para Freitag, com o fim do período de eleições e o novo governo empossado, a expectativa é de que as obras de infraestrutura, principalmente as ligadas à Copa do Mundo e às Olimpíadas, comecem efetivamente, o que deve acelerar o crescimento do segmento. "Com a proximidade desses eventos, o início das obras não pode mais ser adiado", diz Freitag.

Ranking As seguradoras que atuam com risco de engenharia são as especializadas, por ser esse um seguro muito técnico. Em termos de faturamento no ano passado, a líder no segmento é a Itaú Seguros, seguido pela Allianz e Zurich.

O apetite por parte das resseguradoras por esse tipo de risco tambémexiste. Segundo o diretor da Aon, a capacidade mundial para risco de engenharia é de cerca de US$ 3 bilhões.

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