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Apólice de vida volta à prateleira das seguradoras

Fonte: Brasil Econômico

Allianz está no processo final de preparação de sistemas para atuar com pequenas e médias empresas

Há pouco tempo, o cenário de hiper inflação que dominava o Brasil impedia o desenvolvimento da cultura do seguro de vida no país. A estabilidade econômica consolidada ao longo dos últimos anos e agora o crescente aumento da renda da população têm criado condições muito favoráveis para as seguradoras explorarem esse mercado.

"O seguro de vida havia morrido por causa da hiperinflação", diz Max Thiermann, presidente da Allianz Seguros.

A seguradora alemã está no processo final de preparação dos sistemas operacionais para trabalhar de forma mais pró ativa no segmento de vida. Até então, a empresa atuava mais sob demanda, sem gerar escala.

Os planos são de que a operação esteja rodando já no segundo trimestre. "Vamos atuar em seguro de vida em grupo, tendo como alvo as pequenas e médias empresas", explica Thiermann.

Movimento
O movimento da Allianz não é isolado no mercado. Seguradoras especializadas, reconhecidas por suas atuações em grandes riscos, têm se voltado para o segmento, casos da americana Ace e da britânica RSA, que atuam com apólices de vida em grupo. Mais direcionada para o varejo, a Marítima Seguros também retomou sua carteira em novembro de 2005, trabalhando com seguros individuais e coletivos. "As margens dessa carteira são melhores", diz Samy Hazan, superintendente de planejamento e Vida da Marítima. Segundo ele, os principais fatores que impulsionam o movimento são econômicos: aumento da renda e mobilidade social da população brasileira.

Na avaliação do superintendente, o modelo de distribuição massificada de seguros - por meio de parceiros varejistas, administradoras de cartão de crédito e concessionárias de serviços públicos - tem potencial para dobrar o mercado de vida no país.

Jabuticaba nacional Diferentemente de outros países, no Brasil a maior parte das apólices de vida é coletiva (contratada por empresas ou grupos de profissionais) e não individual.

De janeiro a novembro do ano passado, o faturamento do segmento de seguro de vida individual no mercado doméstico foi de R$ 1 bilhão, de acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Já o segmento vida em grupo acumulou uma receita de R$ 7,1 bilhões no mesmo período.

Até pela base relativamente pequena, o segmento individual é o que apresenta maior ritmo de crescimento, com avanço de quase 40% de janeiro a novembro em relação a igual período de 2009. "Bancos são os grandes distribuidores de apólices individuais", comenta Hazan.

Entre outros fatores, o que tem alavancado o segmento de vida em grupo são os acordos de sindicatos que exigem a contratação de seguro de vida, diz o especialista.

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