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Brasilprev centra fogo em empresas e classes C, D e E

Fonte: Brasil Econômico

Entrevista Sérgio Rosa President da BrasilPrev

Objetivo é atrair as faixas de renda em ascensão econômica

O recém-empossado presidente da Brasilprev, Sérgio Rosa, promete novidades em termos de produtos. O objetivo é aproveitar a ascensão das classes C, D e E, e atraí-las como consumidoras de produtos de previdência complementar. Além disso, o braço de previdência aberta do Banco do Brasil pretende atrair novos clientes empresariais que queiram incluir em seu pacote de benefícios planos para seus funcionários, conforme adiantou Rosa ao BRASIL ECONÔMICO.

Como foi o desempenho da Brasilprev em 2010?

A arrecadação fechou acima das projeções iniciais (de R$ 9,6 bilhões) para um montante em torno de R$ 10 bilhões, recorde para a Brasilprev. Os ativos somaram R$ 37,2 bilhões, um crescimento de 38% ante os R$ 26,9 bilhões de 2009. Crescemos acima da concorrência, a uma velocidade grande, e nossa captação líquida passou de 25% em outubro de 2008 para 32% em dezembro de 2010 do total da indústria de fundos abertos. Claro que será um desafio manter o mesmo ritmo neste ano.

Qual será a política de administração de ativos?

Perseguiremos a mesma meta: dar mais opções aos clientes, com títulos de renda fixa privados, Certificados de Depósito Bancário (CDB), debêntures, Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FDICs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), entre outros.

Alguma novidade em termos de alocação de recursos?

Começaremos a aplicar no segmento imobiliário, dentro do portfólio de renda variável, por meio da compra de cotas de fundos. Não queremos investir em um único empreendimento, mas participar de vários. Serão fundos geridos pela BBDTVM.

Outros produtos de previdência estão sendo avaliados?

Estudamos algumas possibilidades, principalmente para o segmento empresarial-que deverá crescer em virtude da necessidade de retenção de talentos - e classes de menor poder aquisitivo. Mas ambos não devem ser para este ano. Isso porque há um problema de concepção, de identificar o que é importante modificar nos produtos atuais. Esse processo deve ser muito bem pensado, já que é necessário desenvolver a tecnologia, treinar a equipe de vendas, aprovar qualquer alteração do produto na Susep. Então há um ciclo de implementação que não é o fim do mundo,mas leva tempo.

Como a Brasilprev pretende conquistar as classes em ascensão economicamente?

A previdência alcança principalmente as pessoas de maior renda. Ela acompanha a curva de renda. Detectamos crescimento entre os estratos menos favorecidos economicamente, mas evidentemente não no mesmo ritmo. Mas já oferecemos uma variedade de produtos para capturar as classes C, D e E, como o Brasilprev Júnior, cujo aporte mensal mínimo é de R$ 25,00. Este produto normalmente é contratado como proteção ao filho, para custear, por exemplo, os gastos com a universidade.

O senhor considera que o limite dos fundos para aplicar em renda variável poderia superar os 49% determinados pela Susep hoje?

A liberdade de investimento deveria evoluir à medida que aumenta a qualidade da relação como cliente. Hoje, parcelas crescentes de pessoas estão muito bem informadas sobre produtos financeiros. Se um cliente compra um plano e pretende usufruí-lo daqui a 20 anos, por que não dar a ele a liberdade de investir mais em renda variável?

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