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Executivo vê retrocesso no corte de subvenção

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

O presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Luiz Carlos Meleiro, disse, citando informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que o subsídio ao prêmio do seguro rural chegou a R$ 190 milhões em 2010. Contudo, a demanda do mercado foi de R$ 460 milhões de subvenção, avaliou o executivo no site Viver Seguro, da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). "Infelizmente, só 41,3% foram disponibilizados", lamentou.

Para 2011, o cenário é de pessimismo. Ele explicou que a demanda do mercado segurador para o ano será de R$ 660 milhões de subvenção, mas que, segundo informações não oficiais, o valor não alcançará R$ 200 milhões. "O corte será ainda maior que o de 2010 e, neste caso, teremos apenas 29,3% da real demanda para operar no ano", assinalou.

PERSPECTIVA. Caso os ministérios da Agricultura e da Fazenda não direcionem as verbas demandadas pelas seguradoras para atendimento ao produtor rural, Luiz Carlos Meleiro entende que o mercado terá este ano a mesma performance de 2010, ou seja com redução de prêmios emitidos na ordem de 25% a 30% em seguros florestais e agrícolas (todos os ramos). Com isso, ele estimou que o segmento de seguro rural sofra redução da ordem de 20%, mesmo com o contínuo crescimento do setor de equipamentos agrícolas que vem sendo impulsionado pelo desenvolvimento acelerado da agricultura nos últimos cinco anos.

Para ele, 2011 promete ser um ano difícil também no que se refere à regulamentação do fundo de catástrofe, "importante ferramenta (criada pela Lei Complementar 137/2010) que certamente impulsionará mais seguradores e resseguradores a participarem desse mercado especifico".

O executivo lembrou que o mercado agrícola, que representa atualmente quase 30% do Produto Interno Brasileiro (PIB), está crescendo e, dessa forma, necessita que o governo continue incentivando a subvenção. "Sendo assim, no atual grau de desenvolvimento do seguro agrícola, reduzir a subvenção é retroagir e lançar mão de todo o esforço que o próprio governo, resseguradores , seguradoras e entidades do agronegócio fizeram para que, em tempo recorde, obtivéssemos uma ferramenta essencial para manutenção e proteção da agricultura brasileira", sustentou Luiz Carlos Meleiro.

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