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Segmento empresarial é de poucas corretoras

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

PESQUISA - Maioria das empresas de corretagem paulistas sobrevive com as vendas de produtos para pessoas físicas, área na qual é produzida, em média, 75% da receita

A pesquisa que traçou o perfil das corretoras de seguro no Estado de São Paulo, do sindicato da categoria (Sincor-SP), indica que o mercado de corretagem é concentrado, quando estão em disputa as contas corporativas e empresariais. O levantamento mostra que a maior parte da carteira de clientes das 1.121 corretoras da capital e do interior que participaram do levantamento, recém-realizado recentemente via internet, é constituída de pessoas físicas, que respondem, em média, por 75% do faturamento de prêmios.

São corretoras que faturam menos de R$ 120 mil por ano (40% do total da amostra) e entre R$ 121 mil a R$ 240 mil anuais (26%). Não mais do que 2% captam receita anual acima de R$ 2,4 milhões. Tais números permitem concluir que as contas corporativas (atacado), em sua grande maioria, estão nas mãos das médias e grandes corretoras de seguros, sejam nacionais ou multinacionais.

Outro dado que indica a concentração é o da origem da receita das corretoras que responderam a pesquisa: 58% vêm da comercialização de seguros de automóvel. Outros 16% estão nos ramos elementares, cujas modalidades de seguros não são especificadas.

Da saúde saem 8% e do ramo vida, 9%. A previdência responde por apenas 2%.

Nas corretoras do interior paulista, o ramo de automóvel é mais importante no perfil da receita (61% contra 55% na capital).

A carteira de vida segue na mesa linha, tem mais peso no interior (10% contra 7%). Já o seguro-saúde tem mais presença nas corretoras da capital (12% contra 5% no interior), diferença influenciada, provavelmente, segundo o estudo, pelas características do negócio nas regiões do interior, onde existem muitos convênios hospitalares, entre outros fatores.

IDADE.
O levantamento, que teve a coordenação do economista Francisco Galiza, mostra que 40% das corretoras paulistas têm de 10 anos a 20 anos de existência. No conjunto, a idade média das corretoras de seguros é de 12 anos. São empresas que empregam, em média, de 3 a 5 pessoas (54% do total).

Outra parcela de 14% gera de 6 a 8 postos de trabalhos. Apenas 1% delas possui acima de 9 empregados.

Em 60% das corretoras do estado, o índice de renovação de contratos de seguros chega a 90%. Para o Sincor-SP, esta característica mostra a importância do corretor na comercialização de seguros, tanto na capital quanto no interior, "pois denota um elevado índice de fidelização do cliente". No geral, as corretoras operam com até 3 seguradoras (29%) ou com 4 a 6 seguradoras (46% do total).

Para 65% das corretoras, segundo o estudo do Sincor paulista, a qualificação e o conhecimento são fatores, entre os mais importantes, que determinam o sucesso profissional. A maioria de seus gestores (48%) é constituída de profissionais com curso superior completo e outros 11% deles têm pós-graduação, mestrado ou doutorado.

No campo da tecnologia, o estudo detectou que 75% das corretoras usam software de gerenciamento, 70% possuem site e 40% já aderiram a sistemas de vendas de seguros online (internet), mesmo que seja via e-mail.

CONHECIMENTO.
"Com esse estudo, o sindicato passou a conhecer melhor a classe dos corretores de seguros e, com isso, terá condições de trabalhar com mais objetividade em prol do setor", diz o presidente do Sincor-SP, Mário Sérgio de Almeida Santos, ao falar sobre a pesquisa em seu órgão de divulgação, o jornal JCS. Ele entende que, da mesma forma, a sociedade, as empresas e o governo terão um retrato mais confiável da categoria e, assim, poderão estabelecer uma interação mais produtiva, dentro de uma relação em que todos ganham.

Mário Sérgio destaca que o levantamento vai ainda oferecer subsídios para que as próprias corretoras melhorem a qualidade de suas decisões a partir de uma mais clara compreensão sobre o que acontece no segmento.

Segundo dados do sindicato, quando da realização da pesquisa , havia 3,8 mil corretoras de seguros sindicalizadas no Estado de São Paulo, de um total de 11,6 mil empresas registradas.

Ao todo, foram consideradas 1,121 mil respostas, sendo 588 do interior e 533 da capital.

A participação foi qualificada pela entidade de "excelente", tendo em vista que se trata de uma primeira iniciativa nesta direção. O local da corretora de seguros foi determinado pelo CNPJ de identificação, para a qual foi enviado um questionário por e-mail marketing.

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