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Captação líquida em 2010 da Brasilprev cresce 40%

Fonte: Valor Econômico

Saldo de aplicações nos planos PGBL e VGBL somou R$ 7,5 bilhões, o que rendeu à empresa uma participação de mercado de 32%.

Uma das empresas de previdência privada com menos tempo de atuação entre os grandes grupos financeiros - 17 anos -, a Brasil prev Seguros e Previdênciavem ganhando terreno ao crescer acima do mercado. Em 2010, arrecadou R$ 10,2 bilhões em planos de previdência PGBL, VGBL e tradicionais, uma expansão de 57,6% em relação ao ano anterior.Osetor, na média, registrou alta de 18,8% nas contribuições no ano passado, ao atrair R$ 46 bilhões, segundo dados da Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi).

Levando em conta o conceito de captação líquida (arrecadação menos resgates) dos planos PGBL e VGBL, a Brasilprev atingiu R$ 7,5 bilhões. O volume, afirma o presidente da companhia, Sérgio Rosa, é 40% maior que o verificado em 2009 e equivale a uma fatia de 32% no total captado pelo setor. Com crescimento acima da média, a companhia aumentou em 5,7 pontos percentuais sua participação no volume de captação líquida registrado pelo mercado ao longo do último exercício. Em 2009, a Brasilprev contribuiu com 26,3% no total captado pelo setor.

A participação de mercado da Brasilprev em termos de captação líquida é maior se comparada à fatianototal arrecadado (sem considerar resgates), por conta do baixo índice de resgates da companhia, destaca Rosa. Segundo o executivo, enquanto o indicador médio de resgates do mercado ficou em 11,2% no ano passado, na Brasilprev esse indicador foi de 7,5%. "Is so tem a ver com a nossa estratégia de venda consultiva, que privilegia a identificação do perfil do cliente e suas necessidades", diz o executivo.

O cliente bem esclarecido é mais satisfeito, acrescenta.

A Brasilprev também aposta na diversificação das estratégias de investimento. "Com a perspectiva de queda do juro no longo prazo, temos o desafio de buscar novas alternativas", diz. Depois de lançar, em meados de 2007, os fundos Ciclo de Vida, que tem como principal característica o ajuste dos percentuais de renda fixa e variável ao longo do tempo, a companhia inova ao incluir no rol de alternativas de investimentos o fundo imobiliário.

Rosa conta que, no fim do ano passado, a BB DTVM criou uma carteira imobiliária exclusiva para a Brasilprev. Trata-se de um fundo que compra cotas de outras carteiras do mercado e também papéis de base imobiliária, como certificados de recebíveis imobiliários (CRIs). A aplicação passou a fazer parte das carteiras dos fundos compostos, até o limite de 5% do patrimônio, explica o executivo. "Criamos o fundo para capturar o crescimento do mercado imobiliário, esse é um segmento que oferece rentabilidade atrativa sem a volatilidade da bolsa", argumenta.

Em 2010, os fundos compostos cresceram 62%, enquanto as carteiras de renda fixa, 42%. No total, os ativos sob gestão na Brasilprev atingiram R$ 37,2 bilhões, um aumento de 38%. O volume equivale a 16,6% do mercado, o que coloca a empresa na terceira posição do ranking por ativos, segundo dados da Fenaprevi, atrás da líder B r a d e s c o, com 34,8%, e da Itaú, com 23,11%. No último exercício, contudo, a Brasilprev foi a única desse grupo que ganhou participação.

Em 2009, a Bradesco tinha 35,12% do mercado, Itaú, 24,06%, e a Brasilprev, 15%.

O lucro líquido da Brasilprev, que tem como acionistas o Banco do Brasil e o americano Principal Financial Group, cresceu 16,4% em 2010, para R$ 300 milhões.

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