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Novas tendas na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, não têm seguro contra incêndio

Fonte: Uol Noticias

As novas tendas que estão sendo erguidas no estacionamento da Cidade do Samba, na zona portuária do Rio de Janeiro, não possuem seguro contra incêndio. A informação foi dada na tarde desta quinta-feira (10) pelo diretor de Carnaval da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), Elmo José dos Santos.

O diretor afirma, no entanto, que haverá equipes de brigada de incêndio nas estruturas. Ao todo, serão três novas tendas para abrigar as três escolas afetadas pelo fogo (Grande Rio, Portela e União da Ilha) na última segunda-feira (7). A menor das tendas, de 300 m², está sendo erguida dentro da Cidade do Samba, perto do barracão do Salgueiro, e servirá para a preparação do abre-alas da União da Ilha.

As outras duas, de 900 m² e 1.200 m², construídas no estacionamento, servirão à Portela e à União da Ilha. A Grande Rio, que perdeu todas as alegorias no incêndio, já está se instalando num barracão cedido pela liga. A construção das tendas está sendo custeada pela Liesa. O diretor de Carnaval não soube precisar o valor da obra.

A previsão é a de que a tenda de 900 m²possa ser utilizada a partir de amanhã. A outra, de 1.200 m², deve ficar pronta até segunda-feira.

Causas ainda não esclarecidas

As causas do incêndio do começo da semana ainda não foram apontadas. "Tem muita especulação. Uma empresa habilitada não ia deixar de fazer o que deveria", respondeu Santos a respeito da possível falha dos sprinklers (sistema que deveria ser acionado automaticamente em caso de incêndio). A prefeitura, a Liesa e as empreiteiras que construíram a Cidade do Samba não chegaram a um acordo sobre quem era responsável pelo sistema de combate a incêndios.

A Polícia Civil do Rio está investigando o ocorrido e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) apuram as causas. O laudo deve ficar pronto em 30 dias. Os prejuízos totais do incêndio, que destruiu mais de 8.000 fantasias e nove carros alegóricos, ainda não foram calculados.

O diretor de Carnaval da Liesa defende que o número de brigadistas no local era o adequado para a área. Segundo ele, foram os brigadistas que impediram que o fogo causasse mais estragos no barracão da União da Ilha –a agremiação perdeu apenas um carro alegórico, apelidado de "Aranha".

Santos informou que o barracão de cada escola conta com quatro brigadistas, além de outros quatro da Liga. "É que a dimensão do incêndio foi muito grande. Ninguém está preparado para uma coisa dessas. O fogo se alastrou muito rápido. sem contar que era muito material inflamável", afirmou o diretor.

A Liesa ainda aguarda uma audiência com o governo estadual para que se discuta a instalação de uma unidade permanente do Corpo de Bombeiros na Cidade do Samba, como o que existia, por exemplo, no estádio do Maracanã. "Vamos tentar sensibilizar o governador, que gosta do Carnaval.”

A liga estuda ainda a possibilidade de promover nos próximos meses palestras de orientação com as pessoas que trabalham nos barracões a fim de prevenir incêndios. "Quanto mais se prevenir, melhor é", disse Santos.

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