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Catástrofe deve gerar consequências econômicas no Brasil

Fonte: Portogente

O terremoto que ocorreu no Japão também pode gerar efeitos na economia brasileira. Enquanto empresas de seguros devem sofrer os impactos das perdas globais do setor, outros segmentos, como alimentos, aço e minérios, podem aumentar suas vendas para o mercado japonês a longo prazo, devido à necessidade de reconstrução do país.

Segundo pesquisa da empresa norte-americana AIR Worlwide, a catástrofe pode consumir até US$ 35 bilhões da indústria de seguros japonesa. No entanto, como o setor é muito interligado em nível global, com grande quantidade empresas multinacionais ou associadas com operações em outros países, os efeitos dessas perdas podem ser sentidos no Brasil também. "Já vimos a mesma situação quando o furacão Katrina atingiu Nova Orleans em 2005, causando US$ 21 bilhões de prejuízo e afetando o mercado de seguros em escala mundial", explica Marco Pontes, diretor da consultoria LG&P Advisory Services e membro da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP).

Atualmente, atuam no Brasil as seguradoras japonesas Yasuda, Mitsui e Tokio Marine, que em um primeiro momento podem ser as mais afetadas. No entanto, outras empresas multinacionais que possuem cotas de participação em coberturas de risco de companhias japonesas também podem sofrer consequências.

Para o Grupo Lloyds, uma das maiores seguradoras do mundo, ainda é cedo para comentar qualquer potencial impacto nos negócios. "O Lloyd’s está comprometido em fornecer cobertura para o mercado japonês e nossa prioridade é o rápido atendimento e o suporte às seguradoras locais", afirmou Marco Antonio de Simas Castro, diretor-presidente do Escritório de Representação do grupo no Brasil. Segundo ele, o mercado da empresa poderá responder a qualquer solicitação de indenização no curso normal dos seus negócios.

Já outros setores econômicos esperam que a necessidade de investimentos na reconstrução do Japão resulte em maiores negócios. Um dos segmentos otimistas é de minério de ferro, principal produto importado pelos japoneses do Brasil. Em 2010, ele representou 35,47% dos US$ 7,14 bilhões das exportações brasileiras para o país asiático. "Não sabemos ainda a abrangência das perdas, mas com a destruição de boa parte da infraestrutura da região afetada pelo tremor, eles terão que realizar muitas obras que demandam minério", afirma Antonio Lannes, gerente de dados econômicos do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

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