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Empresas estrangeiras vão investir no seguro de pessoas

Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Segundo especialistas, movas companhias pretendem autar nmo mercado brasileiro que apresenta inúmeras vantagens, como setor financeiro rijo e o aumento da experctativa de vida

O mercado brasileiro de seguros de pessoas tem chamado a atenção de seguradores e investidores estrangeiros em geral.

Estudos da resseguradora SwissRe apontam que o crescimento mundial deste segmento tem sido impulsionado pelos mercados emergentes, cuja participação saltou de 10,5% em 2007 para 16,7% em 2009.

E, segundo levantamento da Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), no Brasil, as vendas deste setor cresceram 14,9% em 2010. De acordo com especialistas, novas companhias estrangeiras deverão entrar no mercado brasileiro, nos próximos anos, numa estratégia de fugir da estagnação econômica em seus países de origem. O superintendente de Planejamento e Vida da Marítima Seguros, Samy Hazan, afirma que o Brasil apresenta inúmeras vantagens em relação a outros mercados emergentes, uma vez que conta com um setor financeiro rijo, desenvolvido e sofisticado. "Também é o país mais bancarizado da América Latina, sem contar outros fatores positivos, por exemplo: a estabilidade política, o idioma único e a ausência de problemas étnicos e religiosos, comuns na região".

O aumento da expectativa de vida, que tem ampliado a porcentagem de adultos e idosos na população brasileira, também pode ser visto como uma das vantagens do mercado nacional. Estas mudanças demográficas têm alterado o mix dos produtos de seguro no Brasil, reflexo de uma geração mais preocupada com o problema de se viver por muito mais tempo: a maior proporção dos prêmios de seguros está indo para o segmento da aposentadoria e produtos com benefícios em vida, como o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), seguros para invalidez e doenças graves (paga um benefício em vida por diagnóstico de uma doença grave coberta).

"Essa tendência de maior proporção dos prêmios migrarem para produtos de aposentadoria e benefícios pagos em vida deve continuar no Brasil, a exemplo do que vimos nos mercados desenvolvidos, uma vez que o País vive hoje uma transição que a grande maioria dos países ricos já passou, resultado de mudanças que começaram a ocorrer seis décadas atrás. Nos anos 1950, a população brasileira apresentava elevadas taxas de crescimento, fruto da combinação de uma natalidade alta com a redução da mortalidade infantil.

A população crescia à média de 3% ao ano; taxa que, nas décadas seguintes, caiu até o 1,4% atual. Com a tendência de queda da fecundidade, o Brasil deverá alcançar o máximo de 264 milhões de habitantes em 2062, e daí em diante a população entrará em declínio, segundo o IBGE. Importante lembrar que a situação demográfica atual em vários países desenvolvidos é de decréscimo populacional, fator que restringe o crescimento do mercado de seguros", explica Samy.

Nesse ritmo de avanço, até 2050, ao nascer, os brasileiros terão uma esperança de vida de 81 anos, segundo o IBGE, mesma taxa hoje verificada entre os japoneses, o povo com a maior longevidade do mundo.

Com relação a novos produtos, ainda há uma série de riscos não atendidos e não cobertos pelo mercado segurador brasileiro. Riscos agravados (para pessoas que apresentam pré-existências), risco da dependência de longo prazo na velhice, capitais mais elevados, risco da descontinuidade de cobertura para apólices individuais, dentre os principais. Com a abertura do mercado de resseguro, as principais seguradoras deverão lançar novos produtos para atender esses riscos, até então não atendidos.

Devem figurar como tendência para os próximos anos os seguros de vida individuais com cobertura vitalícia, que resolvem o problema ou risco da descontinuidade da cobertura quando se mais precisa de proteção.

"Ainda na linha dos produtos de longo prazo, algumas seguradoras deverão lançar em 2011 produtos temporários de 15 e 20 anos, com pagamento de prêmio nivelado durante o contrato.

As coberturas que pagam benefícios em vida também devem crescer, a exemplo dos mercados maduros e fruto de uma sociedade mais preocupada com os riscos e consequências de doenças como câncer, infartos e derrames"

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