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Mapfre América reorganiza comando de seguros no Brasil

Fonte: Revista Apólice


A saída de Antonio Cássio dos Santos da presidência da Mapfre Seguros não só trouxe mudanças para o comando da companhia como também fez com que a unidade brasileira adotasse uma nova estrutura. Isso porque com a troca de bastão, a Mapfre América decidiu alterar as regras de governança corporativa da seguradora. Antes, Santos era o principal executivo do Grupo e respondia pela presidência do Conselho de Administração. No novo formato, o comando da Mapfre será compartilhado.

Na primeira fase desta mudança, Wilson Toneto presidirá o Conselho de Administração das atuais seguradoras do Grupo Mapfre no Brasil. Também ocupará o cargo de presidente executivo da Mapfre Serviços Financeiros, divisão que atua nos negócios de previdência privada, gestão de recursos, capitalização e na administração de consórcio. No Grupo Mapfre há 23 anos, Wilson Toneto é vice-presidente Executivo e responde pelas áreas de administração, finanças e tecnologia, além de ocupar o cargo de Diretor Presidente na Mapfre Investimentos.

Já a presidência executiva das atuais seguradoras da companhia será exercida por Marcos Eduardo Ferreira. Segundo comunicado da Mapfre, "ambos, além da grande experiência no setor, atuaram de forma decisiva na consecução dos principais acordos estratégicos firmados nos últimos anos e, em especial, no processo de parceira com o Banco do Brasil".

Em entrevista à Revista Apólice, Ferreira contou que pouca coisa muda com a nova estrutura. "Neste momento, as empresas do Grupo Mapfre Seguros crescem no Brasil com as atuais redes de distribuição. Não muda nada", destacou.

O executivo também ressaltou que a saída de Antonio Cássio dos Santos foi "pontual". "Foi uma decisão dele. Não temos expectativas de novas alterações", adiantou ele, informando que, mesmo este sendo um assunto reservado por estar relacionado à estrutura da Mapfre, o momento é de estabilidade quanto à troca de bastão.

Ferreira tem 22 anos de casa e ocupa o cargo de vice-presidente Executivo. Sob o seu comando está a Unidade de Vida, além de também ser o diretor presidente da Mapfre Nossa Caixa Vida e Previdência. "É um motivo de satisfação e orgulho. A atitude da Mapfre demonstra a confiança que a companhia tem em seus executivos locais, reconhecendo alguns dos integrantes do seu grande grupo de gestores", avaliou ele.

Sobre o novo desafio, o executivo ressaltou que é uma oportunidade feliz, mas de muita responsabilidade, na qual ele poderá dar uma cota de contribuição ao desenvolvimento da companhia e à parceria iniciada com o BB. "Será um ano bastante importante para a Mapfre. Estamos dedicando os nossos melhores esforços e nos mobilizando para a integração com as seguradoras do Banco do Brasil".

Embora ainda careça da sanção dos órgãos competentes que, segundo Ferreira está em fase final, a parceria com o banco, selada há quase 1 ano, culmina na segunda etapa da nova estrutura da Mapfre Seguros. Nela, o executivo será oficializado como o presidente executivo da sociedade holding que atuará nos negócios de Automóveis, Seguro de Danos e Affinity (Mapfre BB SH2). Enquanto isso, Roberto Barroso será o executivo indicado para administrar a sociedade holding formada com o BB para explorar as carteiras de Vida, Seguro Rural e Imobiliário. "Ele terá a mesma responsabilidade que a minha", explicou Ferreira.

De acordo com ele, apesar de se tratar de um processo bastante longo, a seguradora está "preparando o terreno", para ingressar o segundo semestre de 2011 "de forma mais integrada" mesmo que, ainda, sem a aprovação dos órgãos competentes. "A negociação terminou no ano passado e, desde então, trabalhamos criando pré-condições, preparando equipes e o nosso portfolio de produtos", informou Ferreira.

Todo este trabalho de preparação para a nova era da Mapfre Seguros no Brasil é o grande "job" do Grupo em 2011. Porém, a seguradora tem em sua manga projetos "interessantes" para colocar em prática ao longo deste exercício, incluindo o lançamento de novos produtos. O mais recente foi a proposta de renovar o relacionamento com os segurados. Para colocar um fim no segurês, a companhia investirá R$ 100 milhões entre 2011 e 2016. Seu objetivo é facilitar a compreensão dos contratos, eliminando termos como sinistro, prêmio, endosso, furto qualificado, DUT, apólices, entre outras expressões. "É um projeto inovador que visa atuarmos com mais transparência com os nossos clientes. Estamos fazendo um esforço enorme para simplificar a linguagem com os segurados", explicou Ferreira.

Aline Bronzati
Revista Apólice

Foto: Marcos Eduardo Ferreira e Wilson Toneto

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