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Mercado internacional está endurecendo

Fonte: Revista Apólice

Há algum tempo não ocorria uma série de grandes sinistros sequenciais como em 2010 e início de 2011. De acordo com o estudo Sigma, da Swiss Re, os prejuízos econômicos no mundo todo causados por catástrofes naturais e desastres provocados pelo homem somaram US$ 218 bilhões em 2010, mais que o triplo do valor de US$ 68 bilhões de 2009. Desta cifra, cerca de US$ 43 bilhões representaram o custo do setor de seguros. Isso sem contar as milhares de vidas que foram ceifadas.

O mercado internacional estava soft no ano passado e todos achavam que ele permaneceria assim em 2011, mesmo após as perdas de US$ 8 bilhões com o sinistro do terremoto no Chile, os danos referentes ao terremoto na Nova Zelândia e as enchentes na Austrália. "O mercado estava muito líquido", avalia Andrés Holownia, presidente da ABGR - Associação Brasileira de Gerência de Risco.

O que vem pela frente é uma grande incógnita. Temos que separar as coisas para não criar confusão, segundo Antenor Ambrosio, Diretor de Negócios Facultativos da Miller do Brasil. "Os principais players que pagarão parte desta conta são os mesmos que atuam no Brasil. É lógico que eles não vão matar a "galinha dos ovos de ouro", mas a gente tem que ter em mente que eles perderam dinheiro e que vão precisar repor as reservas", avisa. Isso acontece porque apesar de ter recursos distintos para sinistros oriundos de catástrofes naturais e de outros tipos de danos, o dinheiro sai da mesma conta. "A pancada foi dura e ninguém pode ter a certeza de que eles não vão precisar recorrer às outras linhas para acelerar a recomposição", prevê Ambrosio.

Em 2010, as catástrofes naturais custaram ao setor global de seguros cerca de US$ 40 bilhões e os desastres causados pelo homem adicionaram reclamações acima de US$ 3 bilhões. A título de comparação, as perdas cobertas totalizaram US$ 27 bilhões em 2009. Lucia Bevere, uma das autoras do estudo da Swiss Re, afirma que "em 2010, os sinistros segurados foram maiores na América do Norte, superando a marca dos US$ 15 bilhões. Apesar do baixo prejuízo provocado por furacões que felizmente não atingiram diretamente a costa dos EUA, uma série de tempestades (menores) durante todo o ano resultou nesta cifra elevada."

Kelly Lubiato
Revista Apólice

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