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Seguros ganham espaço

Fonte: Brasil Econômico

Acacio Queiroz

O Brasil e os demais países emergentes vêm atraindo atenção quando o assunto é economia. As relações entre as regiões mudaram e hoje são as nações com maiores reservas financeiras que dependem das emergentes.

O Brasil ocupa a 7ª posição na economia mundial, à frente de países como França e Reino Unido.

Em 2010, o PIB brasileiro cresceu 7,5%, o maior avanço desde 1986, quando o país vivia o Plano Cruzado.

A produção industrial encerrou o ano com taxa de crescimento acima de 10%e a geração do emprego formal atingiu mais de 2,5 milhões de vagas, o melhor resultado da série histórica do Ministério do Trabalho.

O setor de seguros - incluindo saúde, previdência e capitalização -, movimentou cerca de R$ 118 bilhões (equivalente a 3,5% do PIB) em 2010, crescimento de 15% frente a 2009 (R$ 102 bilhões). Tradicionalmente, o segmento cresce três vezes a taxa do PIB, porém, como o crescimento foi alto, houve uma proporção menor.

Salvo a preocupação com a inflação, o crescimento do PIB deve se manter na casa dos 5%. É importante sustentar o incremento da economia nacional tanto quanto o controle sobre a inflação, uma vez que a corrosão da moeda provocou a estagnação dos seguros de vida ao longo do ano passado.

Outro destaque foi o saldo positivo da balança comercial, que deve se repetir neste ano devido à valorização de commodities. Isso é especialmente favorável para o Brasil e para o desempenho dos seguros nos ramos de importação e exportação. A única ameaça ao bom andamento do mercado são as mudanças nas regras de resseguro (Resoluções 224 e 225), que, se vigorarem, poderão representar a volta ao estado de monopólio e a elevação dos preços.

O crescimento interno deve gerar negócios ao setor.

Os indicadores que reforçam essa tese são o aumento das vendas de bens de consumo, a evolução do salário mínimo e a ascensão das mulheres no mercado de trabalho.

No caso dos rendimentos da população ativa, houve crescimento de72% entre 1995 e 2010. Esse dado merece a atenção das seguradoras, pois metade da população ganha apenas um salário, compõe a base da pirâmide e movimenta a economia coma classe C.

Se essa tendência for mantida, em 2014 a classe C, que em 2010 registrou consumo de R$ 500 bilhões, deverá representar 56% da população brasileira. As seguradoras têm um enorme horizonte à frente, mas precisarão inovar e redesenhar seus produtos, oferecendo ao menos cinco novos ao ano.

Nesta década, os seguros com maior potencial de crescimento são os de riscos de obras (17%), grandes riscos empresariais (15%), habitacional (13%), previdência (12%), saúde (12%) e vida e acidentes pessoais (11%), impulsionados não só pelo pleno emprego e aumento da renda,mas também por Copa e Olimpíadas.

As perspectivas para o segmento são otimistas,mas o setor privado precisa fazer sua parte, sem esperar que o governo aja sozinho. Temos de contribuir para as reformas e contestar. O seguro tem um enorme espaço para avançar e o conselho é: cresça devagar e sempre.

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