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Veículos e saúde ajudam Allianz a superar EUR 1 bilhão

Fonte: Valor Econômico

Seguro: Prêmios da unidade brasileira alcançam 2,5% do total do grupo

A Allianz Seguros deverá ter um crescimento entre 17% e 18% no faturamento em prêmios neste ano no país, acompanhando o ritmo forte da economia brasileira. No ano passado, a seguradora obteve no Brasil pela primeira vez uma receita acima de EUR 1 bilhão, graças principalmente ao desempenho dos segmentos de automóveis e de saúde. O faturamento em prêmios atingiu R$ 2,6 bilhões (EUR 1,1 bilhão), expansão de 16% em relação a 2009. O lucro aumentou 60%, para R$ 125 milhões.

Superamos a nossa expectativa em termos de resultado, mostrando que estamos no caminho certo para dar continuidade à estratégia de crescimento, afirma Max Thiermann, presidente da Allianz. Ele aposta que o cenário favorável da economia do país vai continuar em 2011. As vendas de automóveis vêm batendo recordes mês a mês, favorecendo a venda de seguros. Apenas com apólices em automóveis, a Allianz obteve em prêmios no ano passado cerca de R$ 900 milhões.

Com mais de EUR 1 bilhão em prêmios, a unidade brasileira do grupo Allianz - uma das maiores seguradoras do mundo, que faturou no ano passado EUR 106 bilhões - é hoje o principal negócio da empresa fora de Europa, Estados Unidos e Austrália. Em seguros gerais, a Allianz Seguros responde por 2,5% dos negócios do grupo. Na América do Sul, a unidade brasileira tem três vezes o tamanho da Colômbia e 7,5 vezes o da Argentina, segundo Thiermann. A participação da seguradora brasileira em grandes riscos, que envolvem apólices de engenharia e grandes indústrias, foi de cerca de R$ 300 milhões em 2010, pouco mais de 10% dos prêmios totais.

A Allianz Saúde, braço de seguro saúde da Allianz Seguros, também apresentou bom desempenho em 2010. A receita com prêmios foi de R$ 437,8 milhões, alta de 19,3% sobre o ano anterior. O lucro líquido chegou a R$ 22,1 milhões, incremento de 51,4% em relação ao período anterior.

Embora o seguro massificado não seja o foco da empresa, a Allianz vem fazendo testes para avaliar se poderá entrar nessa área no futuro. Conforme Thiermann, há cerca de um ano a empresa fez alguns testes pilotos. Criamos uma diretoria que se dedicou ao desenvolvimento estratégico desse setor. Ele reconhece, porém, que até o momento o segmento não se mostrou atrativo para a empresa. Um exemplo foi um teste piloto de venda de seguro de baixo custo em bancas de jornais, que não apresentou bons resultados.

O terremoto, seguido de tsunami no Japão, não trará prejuízos à empresa, que tem operações reduzidas no país. Thiermann considera cedo para se ter uma avaliação mais precisa do impacto da catástrofe para as resseguradoras internacionais.

Primeiro, os resseguradores mapeiam toda a exposição deles na região afetada no Japão. E nem sempre o valor inicial de perdas estimada é atingida, diz. Uma primeira avaliação feita por analistas do setor estimou os prejuízos em US$ 35 bilhões.

O presidente da Allianz reconhece, porém, que as seguradoras locais do Japão terão de repatriar recursos para pagar as indenizações. Grande parte das perdas será coberta dentro do próprio Japão, com ajuda de fundos criados para esse fim. Os japoneses não podem investir todas as reservas no próprio Japão, porque seria uma acumulo de risco muito grande. As seguradoras diversificaram as reservas que respaldam esses fundos, distribuindo pelo mundo afora. Com certeza, terão de repatriar parte desses fundos.

Há 106 anos no Brasil, a Allianz Seguros está presente em todo o território nacional, com 60 filiais e 1.400 funcionários. Atua com cerca de 16 mil corretores.

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