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Alta do consumo não atrapalha planos de engordar poupança de longo prazo

Fonte: Brasil Econômico

Mesmo em um cenário de expansão do consumo, os investidores estão poupando. É o que mostra levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fena- previ), referente ao primeiro trimestre deste ano. A arrecadação dos planos de previdência privada avançou 16,6%, para R$ 11,7 bilhões ao final de março. "Há que se observar que o país passa por um momento de crescimento do consumo, devido à ascensão das classes mais baixas. Isso impacta diretamente a intenção de poupar, movimento que não foi observado pelo mercado de previdência privada", destaca Osvaldo do Nasci- mento, vice-presidente da entidade.E, na opinião do executivo, é provável que o crescimento do setor em 2011 seja ainda maior do que a média registrada nos últimos anos. "Vivemos um cenário de pleno emprego. Isso deve levar o mercado de previdência aberta a registrar avanço superior a 23% este ano", acredita.

VGBL versus PGBL

Mais uma vez os planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) - indicados para quem não declara imposto de renda pelo modelo completo - puxaram o movimento: com aportes de R$ 9,3 bilhões no primeiro trimestre. Já a arrecadação dos planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) somou R$ 1,5 bilhão. Em termo de crescimento, no entanto, os VGBLs cresceram 19% e os PGBLs, que tradicionalmente avançam a um ritmo mais lento, avançaram 20,6% no período. "Normalmente nos quatro primeiros meses do ano, os detentores de PGBLs fazem um apor- te maior para se valer do benefício fiscal (12% da renda anual tributável) ", explica o vice-presidente da Fenaprevi.Quando analisado o desempenho do mercado por segmento, os planos individuais arrecadaram R$ 9,9 bilhões no primeiro trimestre, montante 19,3% maior quando compara- do a igual período de 2010. Os planos júnior (voltados crianças e jovens) subiram 18,1%, para R$ 394,5 milhões, no mesmo período de comparação. Por fim, os planos empresariais apresentaram expansão modesta: de 0,6%, para R$ 1,4 bilhão. "A Fenaprevi e a Susep [Superintendência de Seguros Privados] têm trabalhado para simplificar o processo de contratação de planos empresariais. Enten- demos que podemos incluir a população de menor poder aquisitivo no sistema de previdência aberta por meio dos planos empresariais ", destaca Nascimento. O objetivo, segundo o executivo, é facilitar a contratação de planos empresariais para funcionários de empresas que não querem patrociná-los.Em relação à carteira de investimentos, o mercado de previdência complementar aberta cresceu 21,6% em relação ao primeiro trimestre de 2010, para R$ 232,9 bilhões, sendo R$ 131,7 bilhões referentes a planos VGBL, R$ 58,2 bilhões a planos PGBL e R$ 42,8 bilhões referentes a outros planos.

Ranking

A Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking de arrecadação no primeiro trimestre de 2011, com 28,2% total arrecadado, seguida pela Brasilprev (27,7%), Itaú Vida e Previdência (21,8%), Caixa Vida e Previdência (7,3%), Santander Seguros (5,2%) e de mais empresas (9,8% do total arrecadado).

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