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Seguradora Argo desembarca no Brasil

Fonte: Brasil Econômico

À espera de aprovação da Susep para funcionar, plano é atuar com apólices corporativas de médio risco

Thais Folego

Se a dança de cadeiras já estava grande no mercado de seguros, a tendência é aumentar. Isso porque mais uma seguradora está desembarcando no país e formando equipe. E é exatamente essa efervescência e expectativa de grande crescimento para os próximos anos que fez e executivo egresso da Zurich Seguros Pedro Purm, aos 54 anos, aceitar o desafio de dar o pontapé inicial na operação brasileira da Argo, assumindo a presidência executiva no país.

Com sede em Bermudas, o Grupo Argo tem operações de resseguros e seguros na Europa (Inglaterra, Bélgica, França e Suíça), nos Emirados Árabes (Dubai) e nos Estados Unidos (em 18 estados). Agora, no Brasil, abre uma seguradora e traz sua operação de resseguros para o braço brasileiro do sindicato do Lloyd's. Criado em Londres, o Lloyd's é um mercado cujos membros formam sindicatos para oferecer resseguros.

"Estamos fazendo o nosso planejamento estratégico, definindo as linhas de atuação e mercado alvo, mas em linhas gerais vamos atuar com as especialidades do Grupo Argo: riscos de engenharia, responsabilidade civil, energia, transportes, garantia e riscos aeronáuticos", diz Purm. "Vamos ser uma butique." Ele conta que a companhia aguarda a autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para começar a operar como seguradora, mas a empresa já foi constituída para começar a montar a equipe.

"Esperamos já estar operando no ano que vem", diz.

O escritório em São Paulo foi aberto no bairro Vila Olímpia e, segundo Purm, hoje tem "uma equipe de três pessoas". Ele se refere a ele, que oficialmente assumiu a presidência executiva da empresa na última segundafeira, ao suíço Christoph Glatz (que veio da Excel), diretor de Operações e de Finanças da nova seguradora, e a José Torres, responsável pelos negócios de resseguros no Brasil, que ficará sediado no Rio.

Purm explica que devido às novas regras do mercado segurador brasileiro - limite de 20% de cessão de risco entre empresas estrangeiras do mesmo grupo e reserva de mercado de 40% para as resseguradoras locais -, foi necessário adaptar o foco do grupo no país. "Vamos ter que equilibrar a carteira de forma que permita avançar", diz. Para isso, o grupo vai focar, num primeiro momento, o mercado de riscos de médio porte. Purm minimiza o impacto das novas regras para a operação, explicando que, como a Argo tem menor capacidade de retenção de risco no próprio grupo do que as grandes seguradoras, ela trabalha bastante com resseguradoras.

Desafio Em novembro passado, Purm anunciou sua saída da Zurich, após 17 anos de casa, deixando a cadeira da presidência, agora ocupada por Marcus Vinicius Lopes Martins. Na época, ainda sem ter recebido a proposta da Argo. Por que aceitar esse novo desafio? "O mercado brasileiro está bombando e, com a minha experiência, vi que posso contribuir muito para definir a posição estratégica de uma nova operação", responde.




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