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Mercado segurador continua evoluindo

Fonte: Monitor Mercantil

Para Ismar Tôrres, capitalização é a porta de entrada para as classes de menor renda no segmento bancário

Faturamento cresce 16,3% até abril

Taxa média de sinistralidade recua de 51% para 46% em relação a igual período de 2010

A receita de prêmios apurada de janeiro a abril pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) somou R$ 32,2 bilhões, com crescimento de 16,3% em relação aos quatro primeiros meses de 2010. Esses dados não incluem o seguro saúde, que está sob a alçada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A taxa média de sinistralidade caiu de 51% para 46% entre os dois períodos comparados. Contudo, os sinistros retidos pelas seguradoras apresentaram alta de 19,8%, para R$ 8,6 bilhões. Isso significa que, nos quatro primeiros meses do ano, o mercado devolveu para a sociedade, na forma de indenizações, benefícios e resgates, algo em torno de R$ 71,6 milhões por dia, incluindo finais de semana e feriados.

Capitalização

O segmento de Capitalização fechou abril com receita total de R$ 4,16 bilhões, aumento de 14,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. As provisões técnicas cresceram 14,5% na mesma comparação, passando de R$ 15,64 bilhões para R$ 17,91 bilhões. Os resultados, divulgados pela Susep, só reforçam as projeções de crescimento e expansão para este ano da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), que prevê um crescimento da ordem de 15%.

De acordo com o diretor-executivo da entidade, Ismar Tôrres, além de ser muitas vezes a porta de entrada para as classes de menor renda no segmento bancário, o título de capitalização pode levar a realização de um sonho, como o caso do defensor público Júlio César Matias Lobo. Ele escolheu um título de capitalização como garantia para locação do apartamento em que mora com a esposa no bairro de Aldeota, em Fortaleza (CE) e foi premiado.

"A quantia necessária à locação não era alta, sabia que receberia o dinheiro ao final do contrato e ainda havia a chance do sorteio, um fator importante. Muitas vezes achamos que o sorteio é só um atrativo de vendas, que não existe possibilidade de ganhar, mas deu para ver na prática que é possível ser contemplado. Quando recebi o telefonema anunciando a boa notícia, vi que a empresa tem respeito pelo cliente", afirma Júlio César.

O Estado de São Paulo se mantém na primeira colocação, com R$ 1,553 bilhão de faturamento e 37,8% de participação nacional no segmento, seguido pelo Rio Grande do Sul, que continua na segunda posição com R$ 465 milhões e 11,3 % de representatividade; o Rio de Janeiro manteve o terceiro lugar, com R$ 370 milhões de faturamento e fatia de 9% do setor.

No entanto, quando comparado com abril de 2010, o Rio Grande do Sul registrou o maior aumento nas vendas de títulos de capitalização do país, com 33,4% em relação ao mês mesmo do ano passado. Na segunda posição está o estado do Tocantins com 27,58%, seguido do Ceará com 22,62%.

Tipos

De acordo com a FenaCap, ao efetuar a compra, o cliente é informado sobre as condições de cada produto. São quatro tipos: Tradicional - (o mais vendido, que restitui o valor total dos pagamentos efetuados no fim do contrato - produto direcionado para as classes B, C e D; Compra Programada - segmento voltado para as classes B e C, que têm dificuldade de obtenção de crédito ou que não podem comprovar renda, que possibilita a aquisição de um bem ou serviço, com resgate integral do valor pago; Popular - voltado especificamente para as classes C e D, não há devolução integral dos valores, mas permite que o consumidor participe de sorteios premiados; e Incentivo - público consumidor é constituído por empresas; produto vinculado a um evento promocional de incentivo ou de premiação.


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